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Carpinteiro que matou esposa e filha é condenado a 29 anos de prisão

Pablinio Giménez e o filho dele, José David, conviveram com as mulheres mortas por meses

17/04/2024 às 10h43
Por: Tribuna Popular Fonte: Campo Grande News
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 - Pablino Ledezma fala com jornalistas paraguaios logo após ser preso. (Foto: Marciano Candia)
- Pablino Ledezma fala com jornalistas paraguaios logo após ser preso. (Foto: Marciano Candia)

O carpinteiro paraguaio Pablinio Giménez Ladezma foi condenado a 29 anos e seis meses de prisão, acusado de matar a esposa Patrociña Romero Olmedo, 48, e a filha Noelia Giménez Romero, de 20 anos, “por ordem divina”. O crime foi descoberto no dia 2 de novembro de 2021, em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã, distante 323 quilômetros de Campo Grande.


De acordo com o site Ponta Porã News, além de Pablinio, o filho dele, José David Giménez Romero, 25, foi sentenciado a 10 anos de prisão. Na época do crime, ele e seus irmão adolescentes foram cúmplices do crime macabro. O rapaz foi julgado por ocultação de cadáver.


Os laudos periciais mostraram que as vítimas foram assassinadas em agosto daquele ano e estavam com rigidez cadavérica de aproximadamente três meses. Os corpos das mulheres foram encontrados sobre camas em dois quartos de uma residência precária no Bairro Defensores del Chaco.


Após sua prisão, Pablinio disse à polícia que matou a filha para tirar o demônio do corpo dela. Ele detalhou que antes de matar a jovem, assassinou a esposa. O carpinteiro afirmou ainda que não se arrependia do crime.


“Matei em nome de Jesus porque ela estava possuída pelo demônio”, confessou Pablinio, que teria contado com a ajuda dos três filhos, relatando ainda que tirou a vida da esposa por enforcamento.


Ele disse ouvir vozes divinas e afirmou que os vizinhos tinham medo de passar em frente à sua casa com receio de serem atacados. Em outubro 2021, o réu procurou a delegacia para denunciar o falso desaparecimento da esposa.


Testemunhas – A sentença foi arbitrada pelas juízas Ana Graciela Aguirre Núñez, Marcelina Quintana de Acosta e Mirna Carolina Soto González. O julgamento teve início no dia 20 de março e terminou na segunda-feira (15).


O comissário Jorge Vidallet, que na época era vice-chefe do Departamento de Investigações e estava nas diligencias no dia que os corpos foram encontrados, foi ouvido no primeiro dia de depoimento.


Outra testemunha ouvida foi Sotera Romero, mãe de Patrocinia. Ela disse que na época foi até a casa de sua filha, mas não a encontrou. Segundo ela, o genro ligou informando que os dois viajaram para vários lugares.


“Durante esses três meses, liguei para minha filha e ela não atendeu, esses dois (pai e filhos) mentiram para mim e me disseram que minha filha tinha viajado com minha neta”, disse.

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