O volume de chuvas acumulado nos últimos meses nas regiões sob influência dos rios Miranda, Aquidauana e outros afluentes já reflete na planície pantaneira da Nhecolândia, em Corumbá, onde as águas começam a invadir a estrada de terra MS-184, conhecida como Estrada-Parque.
O transbordamento do Miranda, que recebe as águas do Aquidauana na localidade do Passo do Lontra, antes da ponte de concreto na MS-184, e as chuvas locais aumentaram a vazão pelos campos em direção ao Rio Paraguai, ameaçando os desvios em duas pontes queimadas no ano passado. Os desvios não tem tubulação e a água pode romper os aterros.
A Estrada-Parque, unidade de conservação formada pelas rodovias MS-184 e MS-228, foi uma das áreas mais castigadas pela seca e queimadas em 2020 no Pantanal. As lagoas secaram, muitos bichos, como jacarés e peixes, morreram agonizando. A situação agora é de uma pré-cheia antecipada, segundo os pantaneiros.
A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Transportes) mantém equipes na região para restaurar os trechos dos desvios submersos, depositando material para aumentar a altura dos aterros.
Neste sábado ocorre o maior leilão de gado do Pantanal e a situação pode pior, deixando a estrada intransitável devido a formação de atoleiros e intenso tráfego de caminhões com animais. Os piores trechos estão localizados na entrada da MS-184, entre o entroncamento com a BR-262 e a ponte sobre o Rio Miranda, no Passo do Lontra.
*Correio do Estado
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