Foi preso o ex-diretor de logística e suprimentos do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Rehder dos Santos Batista. O desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva, da 3ª Câmara Criminal, expediu mandado de prisão preventiva.
Ele é acusado pelos crimes de associação criminosa, peculato e falsidade ideológica, cuja soma das penas pode chegar aos 20 anos de prisão.
Conforme consulta ao BNMP (Banco Nacional de Monitoramento de Prisões), na noite de quarta-feira, não havia mandado de prisão ou de internação pendentes de cumprimento, diferente de ontem de manhã em que aparecia com mandado aberto.
Havia uma dificuldade para localizar e intimar Rehder. Nas últimas atualizações do processo consta que provavelmente estaria morando em Itajaí (SC), a 103 de Florianópolis. Contudo, não há informações em qual cidade ou para qual presídio ele foi levado.
Entenda o caso
Conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Rehder, juntamente com o ex-diretor administrativo e financeiro do hospital, Aldenir Barbosa do Nascimento, teriam desviado dinheiro público destinado à compra em favor de si ou de terceiros, incluindo uma empresa de serviços hospitalares e dois empresários. “De acordo com os fatos narrados na inicial não houve pagamento com recursos próprios aos requeridos agentes públicos por parte da empresa requerida”, aponta o magistrado, tirando a tese de corrupção ativa ou passiva.
Ao menos quatro denúncias contra Rehder e Aldenir tramitam no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) por suspeita de desvios do HRMS. Os valores ultrapassam os R$ 20 milhões desviados no período de 4 anos.
As ações do MPMS indicam que os dois então servidores da Funsau (Fundação Serviços de Saúde) atuavam com mais servidores e também com empresários, donos de lojas de venda de medicamentos.
Desta forma, o grupo simulava a compra de vários tipos de medicamentos e também materiais hospitalares, mas esses produtos nunca chegavam. Mesmo assim, inseriam os dados falsos no sistema, como se os produtos dessem entrada e também saída.
Acontece que esses produtos nunca chegaram ao hospital, apesar dos valores terem sido repassados para as empresas. Essas, por sua vez, emitiam notas falsas e depois dividiam os valores com os servidores.
Em uma das ações apresentadas pelo MPMS, conversas entre Rehder e um empresário, que chegou a ser detido em flagrante na Operação Parasita, são expostas. Em trechos, é possível ver o empresário negociando a entrega de um Prisma para o servidor.
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