A prefeitura publicou no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) o decreto que determina o toque de recolher. A medida começa a valer a partir da meia-noite dessa sexta-feira (27) e segue até o dia 11 de dezembro.
O texto prevê a proibição da “circulação de pessoas, exceto quando necessária para acesso aos serviços essenciais e sua prestação, comprovando-se a necessidade ou urgência”.
Então, os únicos serviços liberados para funcionar da meia-noite às 5h aqueles considerados essenciais como postos de combustíveis, farmácias e demais serviços de saúde, segurança e assistência funerária, que podem funcionar em horário estabelecido no alvará de localização e funcionamento respectivo, bem como aos setores da agropecuária, indústria
e de coleta de resíduos, aos serviços de delivery e as ações destinadas ao enfrentamento da Covid-19.
O novo toque de recolher em Campo Grande foi decidido após reunião na manhã de quarta-feira (25) na prefeitura, que contou com participação de entidades comerciais como Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) e ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande).
“Muitos jovens entre 20 e 40 anos estão testando positivo e contaminando seus pais, avós. É uma tendência que pode aumentar o número de óbitos daqui 15 dias”, disse o secretário da Sesau José Mauro.
Portanto, proibir a circulação na madrugada foi vista como a forma de acabar com aglomerações de jovens em festas e casas noturnas, que segundo o secretário de saúde, não estão cumprindo todas as normas de biossegurança.
A administração definiu que vai intensificar blitze em festas clandestinas e oficiais para verificar o cumprimento de normas de biossegurança, além de monitorar o trânsito e estabelecimentos.
Antes da reunião, o presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande), Adelaido Vila criticou festas com aglomerações de jovens sem máscaras que, segundo ele, estariam aumentando os casos de coronavírus na cidade.
“Nós estamos fazendo o dever de casa e por conta de alguns irresponsáveis podemos pagar caro, com perda de empregos, demissões, falência. E isso nos preocupa muito”, pontuou antes da reunião.
O número de novos casos confirmados de coronavírus tem aumentado no último mês e disparou na última semana epidemiológica na macrorregião de Campo Grande. Somente entre os dias 15 e 21 de novembro, foram registrados 2.977 novos casos, o que equivale a uma média de 425 casos por dia ou 17,7 casos por hora. O aumento foi de 59,7% em comparação com a semana anterior.
Segundo informações divulgadas pelo Governo do Estado, foram 2.977 novos casos registrados na macrorregião de Campo Grande na última semana epidemiológica. O número representa um aumento expressivo, já que na semana anterior foram registrados 1.863 novos casos.
O alerta pede que a população continue com o uso de máscaras e mantenha medidas de higiene. Além disso, é essencial evitar aglomerações, saídas de casa e contatos desnecessários.
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