A Justiça Federal marcou o julgamento do ex-deputado federal e ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, sua esposa, a empresária Rachel Rosana de Jesus Portela Giroto, e a secretária Denize Monteiro Vieira Coelho, pelos crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens. O trio é acusado de ocultar R$ 2,8 milhões na construção da mansão no Residencial Damha I, avaliada em R$ 4,5 milhões, na época da construção.
A denúncia foi recebida pela primeira vez há sete anos, em setembro de 2017. O processo estava concluso para sentença, mas voltou à estaca zero após ter todas as fases anuladas pela 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
A corte declarou a suspeição do juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, titular da 3ª Vara Federal de Campo Grande, após ele ter feito mais perguntas para as testemunhas e ser acusado de assumir o papel de procurador da República.
A juíza substituta Júlia Cavalcante Silva Barbosa ressuscitou a ação penal ao receber novamente a denúncia em novembro de 2022 e, após manifestação das defesas, manteve a decisão neste ano.
Conforme a denúncia do Ministério Público Federal, Giroto declarou ter gasto R$ 1,4 milhão na construção da mansão cinematográfica. Ele teria pago R$ 200 mil no terreno ao conselheiro Osmar Jeronymo, do Tribunal de Contas do Estado.
No entanto, a investigação da Polícia Federal constatou que ele teria pago R$ 4,219 milhões na construção da casa entre 2012 e 2015. Giroto é acusado de 1.176 atos de lavagem de dinheiro, Denize por três e Rachel, um.
As audiências de instrução e julgamento ocorrem nos dias 10, 11, 12 e 13 de março de 2025 e são concluídas em 9 de abril, com os interrogatórios dos réus. O ato processual será realizado por videoconferência. As partes poderão solicitar o comparecimento pessoal no fórum, notadamente para os interrogatórios se assim desejarem.
As datas foram marcadas pelo juiz Felipe Alves Tavares, conforme publicação no Diário Oficial Eletrônico da Justiça Federal de quinta-feira, 7 de outubro.
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