Investigação feita pela DERF (Delegacia Especializada de Repressão aos Roubos e Furtos), da Polícia Civil, resultou em condenações de mais de 20 anos de prisão para integrantes de organização criminosa que fingiam ser policiais civis para roubar drogas em falsas diligências policiais. A decisão judicial foi proferida nesta segunda-feira, 11/11, pela 4ª Vara Criminal Residual de Campo Grande-MS.
Os criminosos foram condenados a 20 anos e 3 meses de reclusão, por tráfico de drogas e roubo majorado. Os falsos policiais subtraíram, mediante restrição de liberdade, violência e grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo, 65 kg de cocaína de uma residência, onde o entorpecente estava sendo ocultado por uma facção criminosa.
Durante investigação, a DERF deflagrou operação denominada “Impostores”. Na ocasião, os autores foram presos preventivamente e com eles foram apreendidos 17 kg de cocaína e veículos utilizados pelo grupo, na prática delituosa.
O crime e as investigações:
Conforme apurado pela DERF, o líder da organização criminosa, R.D.S, teria obtido a informação, ainda na fase de remessa da droga da Bolívia para Campo Grande, de que A.M.J., traficante, estaria armazenando 65 kg de cocaína em sua residência, para uma facção criminosa. Assim, R.D.S. cooptou três comparsas, para subtraírem a droga passando-se por policiais civis da DENAR, em busca domiciliar falsa, para depois revenderem o entorpecente a outros traficantes.
Após A.M.J retornar da Casa de Albergado, onde cumpria pena em regime semiaberto, foi abordado em sua residência pelos integrantes do grupo criminoso que se apresentaram como policiais civis da DENAR e o colocaram no compartimento traseiro de passageiros do veículo GM/Ônix, iniciando o falso deslocamento até a Delegacia de Polícia, tudo para assegurar o crime.
Depois de aproximadamente 10 km de percurso, nas imediações do Bairro Cristo Redentor, os falsos policiais liberaram a vítima A.M.J., ordenando que saísse do carro e corresse. Na sequência, fugiram na posse dos aparelhos celulares subtraídos e também da droga.
A “vítima”, após roubada pelos falsos policiais, registrou a ocorrência, alegando que sua casa foi invadida e joias e dinheiro em espécie (cerca de R$ 15 mil) haviam sido subtraídos. Tudo no intuito de dar satisfação da subtração da droga à facção criminosa a fim de não ser punido.
Ocorre que os investigadores da DERF notaram divergências de informações e o fato da vítima já ter condenação por tráfico de drogas. A partir daí a Especializada conseguiu elucidar os fatos, prender os autores e apreender o entorpecente. As prisões ocorreram com apoio do GARRAS (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro).
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