O Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG), assim como nos regimes próprios de previdência dos governos federal e de Mato Grosso do Sul, não arrecada valor suficiente para bancar a folha de pagamento de seus aposentados e pensionistas. Todos os meses, a prefeitura da Capital tem de colocar R$ 12 milhões no sistema para cobrir o deficit. Por ano, o desembolso chega a R$ 156
milhões.
Sobre a necessidade de aportar dinheiro todos os meses no IMPCG, o secretário municipal de Finanças e Planejamento (Sefin), Pedro Pedrossian Neto, afirmou que a situação é preocupante, mas há muito pouco a ser feito antes de qualquer mudança na previdência em nível nacional. Enquanto a proposta do presidente Jair Bolsonaro (PSL) não for votada no Congresso Nacional, a prefeitura da Capital fica de mãos atadas. “Vai vir muita coisa de cima para baixo. No fundo, estão todos esperando”.
Uma das apostas da Prefeitura de Campo Grande é de que a reforma confirmará a elevação da alíquota previdenciária no salário dos servidores, ativos e inativos, de 11% para 14%, e também na alíquota patronal.
“Mais dinheiro novo para a previdência só viria com o aumento da taxação”, comentou Pedrossian.
No governo do Estado, desde dezembro de 2017 os servidores que recebem acima do teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de R$ 5,9 mil, têm um desconto de 14% nos contracheques. A contribuição patronal no governo também foi elevada. “No município, por enquanto, não vamos nos antecipar antes das modificações que virão de Brasília”, disse o titular da Sefin. Todos os meses, o governo do Estado põe R$ 89 milhões na Agência Estadual de Previdência (Ageprev).
*Correio do Estado
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