Com 53,13% de comprometimento da folha de pagamento com pessoal no terceiro quadrimestre de 2018, ultrapassando limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a Prefeitura de Campo Grande está com o sinal amarelo aceso nas finanças e o freio de mão puxado nos gastos. Ou seja, diante do cenário terá pouca margem para concessão de reajuste nas negociações salariais no mês de maio e não poderá fazer novas convocações de concursados. A informação é do secretário de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto, que participou, ontem, de audiência pública na Câmara Municipal, para apresentar balanço das contas públicas municipais. Ele admite inclusive a possibilidade de parcelamento dos reajustes.
De acordo com o relatório da Sefin, a receita total do município ficou em R$ 1,847 bilhão no período de outubro a dezembro do ano passado, o que representa avanço de 5,75% em relação ao mesmo período de 2017. Já as despesas somaram R$ 1,780 bilhão, crescimento de 2,25% na comparação com 2017.
O que mais impactou no crescimento das receitas foi o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) – houve a antecipação dos carnês do tributo de 2019 para 2018, refletindo no aumento da receita desta fonte –; e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que teve relação com o aumento do consumo de gás natural, em função do acionamento das termelétricas para atender à demanda durante o período de seca no Sudeste, no ano passado.
*Correio do Estado
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