A segunda fase da obra de drenagem de águas pluviais e pavimentação asfáltica no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande, está dois meses atrasada. A conclusão estava prevista para ocorrer em dezembro do ano passado, em 120 dias, porém, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) informou que o novo prazo para a conclusão é em junho deste ano. O atraso, segundo a Agência, deve-se as constantes chuvas. Porém, choveu pouco em dezembro e janeiro. Até hoje, são 210 dias de obras.
O tão sonhado asfalto dos moradores da região ainda está nos planos e por enquanto, a terra e poeira continua predominando nas ruas Bongiavane, Galeão e Gruta de Maquiné.
Manilhas estão no cruzamento das ruas Bongiavane e Galeão e uma equipe trabalhava na manhã de ontem (8) no local. A obra é orçada em R$ 681.767,18, e o asfalto tem previsão de ser concluído apenas em três meses.
A primeira fase da obra já foi concluída. O asfalto chegou em algumas ruas, metros acima de onde a segunda fase é executada.
O responsável pela empresa terceirizada Megatran, Paulo Genta, informou que as equipes começaram a fazer o meio-fio ontem. “Em quatro dias deve ficar pronto”, pontuou.
Paulo reclamou que as pessoas jogam água na rua e isso atrasa ainda mais a conclusão da obra. “Quando umedece o solo, não consegue compactação, o barro é fluído e não dá para trabalhar”.
Morador na Rua Bongiavane há seis anos, o cobrador Fábio Soares, 33 anos, relata que a obra é benéfica, o problema é a demora. “As equipes vêm aqui, trabalham um pouco, demoram a voltar e assim vai indo”. Ele contou que quando chove, a rua fica intransitável. “Minha vizinha atolou o carro na esquina, disse.
O pai de Fábio que tem 81 anos e passou por cirurgia recentemente, por isso usa cadeira de rodas. “Para conseguir transitar com meu pai na cadeira, é complicado. Quando chove, deixo meu carro na casa do meu irmão, a quatro quadras daqui, porque não consigo sair da garagem”, disse o morador.
Morador da Rua Gruta há 10 anos, o operador de máquinas Paulo Benevitez, 31 anos, está satisfeito com a chegada da pavimentação asfáltica, mas faz a mesma reclamação de Fábio. “Têm dias em que as máquinas estão na rua trabalhando, depois somem, demoram para voltar e a obra fica parada. É um descaso com a população”.
Ele diz que a obra está atrasada e ainda não fizeram a parte de drenagem. “Eu não vi eles fazendo isso. Quando chove, aqui na rua ninguém passa, fica um barreiro só”.
OUTRO LADO
Em resposta ao questionamento do Correio do Estado, a assessoria da Agesul informou que as obras no Aero Rancho estão acontecendo e as equipes deveriam executar ontem o meio fio e a sarjeta no local. Ainda não foi feita a terraplanagem necessária para cobrir as caixas de drenagem, que estão protegidas pelas manilhas em questão e garantindo a segurança da população, “uma vez que estão abertas ainda”. A nota diz ainda que “as constantes chuvas atrapalham a execução da terraplanagem”.
A Agesul já pediu junto a empresa executora da obra que a sinalização seja reforçada. Serão colocadas faixas refletivas nas manilhas, para ajudar. A previsão de conclusão da obra é até junho de 2019.
*Correio do Estado
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