Seis meses após a Prefeitura de Campo Grande iniciar as obras do Programa Reviva Centro na Rua 14 de Julho, comerciantes da via comercial mais tradicional da região central da Capital contabilizam queda de até 60% no movimento e nas vendas, dependendo do segmento de atuação. Ao longo das nove quadras da via, que vão da Avenida Fernando Corrêa da Costa até a Avenida Mato Grosso, trecho que passa pelas intervenções em diversas etapas de trabalho, pelo menos 35 lojas e prédios comerciais estão fechados, com placas de aluga-se ou vende-se, de acordo com levantamento preliminar realizado pelo Correio do Estado.
A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) não divulgou balanço a respeito do assunto. No entanto, por meio de nota destacou que continuará cobrando os responsáveis pela obra, diante da insatisfação dos lojistas.
Para quem permanece com ponto comercial no local, resta torcer para que as condições climáticas ajudem e novos atrasos no cronograma das obras deixem de acontecer. A gerente de restaurante Rosemeire Portilho, 35 anos, calcula que o movimento comercial no estabelecimento que administra, situado entre a Afonso Pena e Barão do Rio Branco, tenha caído em torno de 60% após as obras do Reviva Centro. “Janeiro e fevereiro já é mais devagar, mas neste ano caiu ainda mais. Nesta época, no ano passado, às 11h muitas vezes não tinha nem mesa para os clientes se sentarem e hoje está sobrando [lugar]”, comparou. Durante o horário da entrevista, de fato, havia quatro mesas ocupadas apenas.
*Correio do Estado
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