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Pecuarista usa distintivo policial para circular com Bolsonaro

Morador de Rondônia, ele diz que usa para “facilitar a circulação e evitar embaraços em deslocamentos e eventos”

26/02/2025 às 08h18
Por: Tribuna Popular Fonte: Correio do Estado
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Bruno Scheid, 41, se aproximou de Bolsonaro por conta de sua proximidade com a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro
Bruno Scheid, 41, se aproximou de Bolsonaro por conta de sua proximidade com a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro

Enquanto aguarda os desdobramentos da denúncia sob a acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado e que pode levá-lo à cadeia, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem andado acompanhado por um apoiador que usa um distintivo policial em viagens pelo país.

O pecuarista Bruno Scheid, 41, segundo vice-presidente do PL em Rondônia, divulgou uma foto ao lado do ex-presidente em um grupo de apoiadores bolsonaristas, convocando aliados para o ato pela anistia aos presos de 8 de janeiro e contra o presidente Lula (PT), marcado para 16 de março.

O integrante do partido do ex-presidente, que não é segurança, afirma que a insígnia traz a inscrição "agente de segurança" e serve para "facilitar a circulação e evitar embaraços em deslocamentos e eventos".

Apesar das vantagens que o uso do emblema lhe traz, o pecuarista nega que as pessoas que o veem sejam induzidas ao erro de confundi-lo com um policial.

"Não há qualquer intenção de simular ou induzir a uma função que não exerço, assim como não há qualquer propósito nesse sentido em relação a outros assessores", disse. 

Scheid é próximo do ex-presidente e se aproximou de Bolsonaro por meio da ex-primeira-dama Michelle.
Na última eleição, organizou eventos para arrecadação para a campanha presidencial entre ruralistas das regiões Norte e Centro-Oeste.

Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, que obteve dados por meio da Lei de Acesso à Informação, entre o fim de 2021 e o início de 2022, antes do período eleitoral, ele esteve 11 vezes no Palácio do Planalto.

O empresário, de Ji-Paraná, não é policial nem agente de segurança. Ele já foi sócio de uma empresa de comércio de móveis em São Paulo e atualmente é pecuarista em Ji-Paraná.

Em 2019, ocupou um cargo em uma diretoria da Secretaria de Agricultura de Rondônia, na gestão de Marcos Rocha (hoje no União Brasil), e fez campanha, nas últimas eleições, para o senador Marcos Rogério (PL), candidato derrotado ao governo do estado.

A assessoria de imprensa do PL não comentou o fato e orientou a reportagem a procurar o diretório de Rondônia para obter informações.

O partido é presidido por Marcos Rogério no estado. A assessoria do senador, por sua vez, afirmou que a atitude era uma "questão pessoal" de Scheid, "uma relação pessoal dele com o presidente Bolsonaro e a [executiva] nacional".

À Folha Scheid disse que a foto foi tirada nesta segunda-feira (24), quando o ex-presidente viajou para encontrar apoiadores em Pernambuco.

Segundo o pecuarista, o distintivo traz a inscrição "agente de segurança", mas não se confunde com um distintivo policial. Ele afirma que o objeto é "uma identificação utilizada para facilitar o acesso às reuniões e deslocamentos de membros próximos em eventos".

"Essa identificação foi adotada para evitar ruídos de comunicação entre os assessores e os profissionais responsáveis pela segurança dos eventos, facilitando a circulação. Poderia ser um crachá ou qualquer outra forma de identificação", disse o pecuarista em uma conversa via WhatsApp. 

Scheid afirmou que os distintivos dos agentes da Polícia Federal que acompanham Bolsonaro são diferentes do que ele usa.

"Essa identificação específica que estou utilizando é amplamente usada no Brasil inteiro para facilitar acessos, sendo comum entre assessores parlamentares, deputados federais e senadores em viagens e eventos estaduais."

"Sua venda não é vedada e pode ser adquirida livremente em locais especializados, como casas militares, sem necessidade de qualquer comprovação", disse o apoiador do ex-presidente.

"Sou fã das polícias, mas não faço parte delas e, evidentemente, jamais me passaria por um policial."

 (Informações da Folhapress)

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