O Governo Municipal, através da Secretaria de Saúde e Vigilância Sanitária Municipal, reuniu na última terça-feira autoridades para uma ampla discussão sobre o abate de animais e a comercialização de carnes em Antônio João. O evento foi aberto pela secretária municipal de Saúde, Patrícia Magalhães, contando com a presença do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, Jayme Schnaider; das médicas veterinárias LaianeHortenci Borges Ferreira, do Sistema de Inspeção Municipal (SIM); e Felícia Rodrigues Alves da Cunha Carvalho, fiscal estadual agropecuário da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro); delegada de Polícia Civil, Marianne Cristine de Souza; e da equipe da Vigilância Municipal, Jackelyne da Silva Xavier (coordenadora), e os fiscais Ana Paula e César, além da nutricionista Jéssica, do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (Nasf).
Abrindo o evento, a secretária de Saúde, Patrícia Magalhães, informou que a reunião com os proprietários de açougues foi promovida objetivando a promoção da saúde da população com ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde, intervindo em todo tipo de problema sanitário que possa afetar a relação entre meio ambiente, produção e circulação de bens e prestação de serviços à comunidade.
A coordenadora Jackelyne explicou que a Vigilância Sanitária Municipal é o setor responsável pela execução de fiscalização de todo estabelecimento que ofereça algum risco a saúde humana. “Entre esses os serviços de alimentação, tem como objetivo fiscalizar e assegurar a qualidade dos produtos e alguns dos itens avaliados são: Higienização, Armazenamento, Distribuição, Transporte, Comercialização, Boas práticas na manipulação e outros.”, destacou.
A médica veterinária, LaianeHortenci Borges Ferreira, do Sistema de Inspeção Municipal, durante sua abordagem falou a respeito dos riscos de se consumir carne sem inspeção. “Portanto são necessários vários cuidados para evitar doenças transmitidas por alimentos. É preciso ter um local de trabalho adequado com higienização correta e uso de Equipamento de Proteção Individual, seguir todas as regras sanitárias para fracionamento de produtos e fabricação de linguiças como corte que são permitidos, quantidade de nitrito e nitrato. Quem cumpre todas as regras oferece produto de melhor qualidade para o consumidor”, disse.
A médica veterinária e fiscal da Iagro, Felícia Rodrigues Alves da Cunha Carvalho, abordou as normas técnicas sobre procedimentos de abate humanitário de animais. “Se trata de um conjunto de diretrizes técnicas e científicas que garantam o bem-estar dos animais desde a recepção até a operação de sangria. Os animais só podem ser sacrificados em estabelecimentos sob inspeção veterinária. Nenhum animal pode ser abatido sem autorização do SIF (Serviço de Inspeção Federal).É proibido o abate de animais que não tenham permanecido em descanso, jejum e dieta hídrica, respeitadas as particularidades de cada espécie e as situações emergenciais que comprometem o bem-estar animal”, disse Felícia. Ela acrescentou que a Organização Mundial da Saúde Animal não permite o uso de objetos que possam causar dor ou injúrias aos animais, recomendando que o abate seja feito de forma humanitária, com equipamentos adequados para cada espécie.
Fechando a reunião a nutricionista Jéssica, que trabalha no Núcleo Ampliado de Saúde da Família falou a respeito de cuidados que devem ser adotados pelos comerciantes de carnes e embutidos no município. Ele destacou a questão da higienização e uso de equipamentos para evitar a contaminação dos alimentos, bem como as formas corretas de armazenamento.
*Assessoria
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