Mato Grosso do Sul tem mais de 2 mil pessoas com doença renal crônica, dependentes de hemodiálise três vezes na semana para continuar vivas. Delas, cerca de 200 estão prontas para transplante de rim.
Os números foram comentados ontem (14), o Dia Mundial do Rim, pela promotora de Justiça e Coordenadora do Núcleo de Saúde do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Daniela Cristina Guiotti.
Na data, ela recebeu a equipe transplantadora da Santa Casa de Campo Grande para discutir as dificuldades enfrentadas. O serviço de transplante renal no hospital vive crise e foi suspenso por falta de recursos e materiais.
Em entrevista dada em 5 de março, a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, afirmou que a prefeitura está em tratativas para resolver o problema.
A Santa Casa é a única que realiza as operações de transplante pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O Hospital Adventista do Pênfigo, também da Capital, tem processo em andamento para ser alternativa na rede pública. Atualmente, ele é o único que realiza transplante de fígado no Estado.
"Assim, há necessidade de o Estado fortalecer o serviço de transplante renal existente, implantar serviços de hemodiálises em vazios assistenciais, além de realizar campanhas publicitárias que incentivem a doação de órgãos. Outra medida necessária é buscar a conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos de seus entes falecidos”, afirmou a promotora durante a reunião.
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