Cerca de 30 manifestantes se reúnem em frente ao Ministério Público Federal (MPF), na avenida Afonso Pena, para comemorar o regime militar que hoje (31), completam 55 anos.
Vestidos de verde e amarelo, com bandeiras do Brasil, foram entregues folhas com hino da bandeira brasileira, hino da Proclamação da República e hino do Exército para os manifestantes cantarem. Um caminhão de som também foi contratado para chamar a atenção de quem passa pelo local.
O uso do alto falante também serviu para fazer uma narrativa do que o público considera correto dos 21 anos do regime. Segundo o orador, "ditadura não é pra conversar com professorzinho de faculdade, mas com os pais."
Muitos carros passam buzinando em apoio dos manifestantes, que soltam fogos a todo o momento.
Cartazes foram pendurados pelo local, agradecendo aos militares terem impedido que naquela época, "o País se tornasse Cuba."
Organizadora do evento, a médica Sirlei Ratier, disse que os militares livraram o País do comunismo. "Temos que ajoelhar e agradecer a Deus pelos nossos militares", disse em cima do caminhão de som.
Sirlei não tem estimativa de quantas pessoas vão se reunir. O local escolhido, segundo a organizadora, é porque a avenida virou ponto de referência dos manifestantes. "Se fosse em outro lugar, ficaria difícil."
A dentista aposentada Idê Alves de Souza, de 64 anos, conta que viveu durante o regime militar e descreve como uma época maravilhosa. "A gente podia namorar dentro do carro sem medo, podia ir ao cinema, o custo estudantil a gente tinha condições de pagar. Não tinha essa insegurança de hoje", disse.
O defensor público Amarildo Cabral acha importante a comemoração. "A esquerda na época dizia que queria implantar a ditadura do proletariado, ou seja, o comunismo, e os militares não permitiram", disse.
Desde o ano passado o grupo comemora a data. "Antes do Bolsonaro ser eleito presidente, a gente comemora. O regime contribuiu para o País não ser de esquerda. Foi bom para todo mundo", disse o funcionário público Cabral.
*Correio do Estado
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