Com previsão de inauguração para daqui um ano, o trecho norte do anel viário de Campo Grande já apresenta buracos, rachaduras e até remendos no asfalto. Na última semana, a prefeitura anunciou que está finalizando o pavimento da obra. Ao todo, serão 24 quilômetros da rodovia que liga a MS-010 (saída para Rochedinho) e a BR-163 (saída para Cuiabá), 900 metros ainda estão sem pavimentação.
O Correio do Estado percorreu cerca de dois quilômetros da obra, que estão liberados para trânsito, na região entre as saídas de Cuiabá e Rochedo. No local, a equipe encontrou asfalto esfarelando, além de buracos no meio da pista, bem perto de onde equipes da prefeitura estão trabalhando. Também é possível perceber que foram feitos remendos no pavimento em mais de um trecho da via.
ATRASO
No mês passado, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Público (Sisep) informou que o novo prazo de entrega será em maio de 2020, mas, há possibilidade de ficar pronto em dezembro de 2019, mesmo assim, o atraso será de pelo menos sete meses. “Acho que fica pronta até dezembro deste ano. Já estão em andamento as rotatórias da MS-080 (saída para Rochedo) e MS-010. A da BR-163 está em fase de aprovação”, explicou o secretário-adjunto da Sisep, Ariel Serra.
Segundo a Sisep, o que está emperrando a obra é uma rotatória que deve ser construída no encontro do anel viário com a BR-163. “O atraso é em função de alguns problemas envolvendo a CCR [MS Via], concessionária responsável pela BR-163. Quando foi feito o projeto não existia a concessão e agora mudaram algumas coisas como a rotatória que precisa ser feita na rodovia”, explicou o superintendente de obras da Sisep, Francisco Martinez.
Além desta rotatória, outras duas estão sendo construídas, uma na MS-010 e outra na MS- 080, onde está sendo feita a terraplanagem. A previsão é de que estas duas rotatórias estejam concluídas até agosto.
RECURSOS
As rotatórias sempre foram pontos de entrave da obra e também responsáveis pelo encarecimento dela. Para tentar agilizar a entrega, em setembro do ano passado, o então ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, prometeu enviar recursos extras de R$ 9,5 milhões.
Mas, seis meses depois, a verba da União ainda não chegou. “Os R$ 9,5 milhões não estão liberados”, disse Serra. “Está encaminhado, mas ainda não recebemos. Teoricamente não está na conta e ajudaria bastante se chegasse”, disse Martinez. Em nota o Dnit informou “que os recursos para complementação da obra do Anel Viário de Campo Grande estão previsto para disponibilização em 2019”, sem especificar datas.
Por conta das adequações, o valor total da obra deve aumentar, mas a Sisep ainda não divulgou a nova planilha. Até o fim do ano passado a confirmação era de que para ser concluída, a obra deverá consumir total de R$ 46,568 milhões - já com os R$ 9,5 milhões em recursos da União, além de R$ 950 mil da prefeitura, que representa 10% de contrapartida.
O projeto passou por ajustes para contemplar a construção de colchões drenantes, que não estavam previstos na proposta original. Também foi preciso alterar os projetos das rotatórias que foram mudadas, por exemplo, para se adequar a duplicação da MS-080. As alterações exigiram um aditivo de R$ 1.603.513,62 no convênio.
*Correio do Estado
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