A preocupação é grande porque Reinaldo e Riedel não vão repetir a eleição passada, quando formaram sete coligações para a disputa. Desta vez, a previsão é de, no máximo, quatro partidos, com preferência de que sejam apenas três.
A redução do número de partidos deve concentrar muitos deputados em uma chapa e aumentar ainda mais a concorrência, o que tem provocado dor de cabeça antecipada em deputados, que não querem perder o mandato.
Hoje, 21 dos 24 deputados serão cuidados pelo grupo liderado por Reinaldo e Riedel. Apenas o PT está fora desta lista, porque terá coligação do próprio partido. Até João Henrique Catan (PL), hoje na oposição, fará parte do pacote, porque é filiado ao PL, que deve ser comandado por Reinaldo Azambuja no Estado.
Cientes da dificuldade para a reeleição, deputados já começam a articular chapas para tentarem encontrar um caminho mais fácil para a reeleição, mas sofrem com a falta de opção.
Seguindo a conta das lideranças, hoje o grupo teria o PL e PP/União na aliança. No PL, muitos não querem se filiar. Já o PP tem quantidade grande de filiados, sem muitas possibilidades de novos quadros e com voto, o que dificultaria a vida de quem já está no partido.
O PSDB pode ser opção para o grupo, mas tudo dependerá do tamanho que o partido ficará. Riedel e Reinaldo não pretendem continuar se o partido fizer apenas fusão com o Podemos. Porém, se a fusão for ampliada, com federação a mais partidos, há possibilidade de a sigla virar opção.
Além dos já citados, estão na lista de possíveis partidos para aliados o PSD, Republicanos e o MDB. Hoje, estes três partidos conversam para uma federação, o que poderia resolver a vida de Reinaldo e Riedel. Se confirmada a junção, eles teriam PP/União, PL a federação (MDB, Republicanos e PSD) e, talvez, o PSDB/Podemos.
Deputados do PL chegaram a pedir para Bolsonaro não aceitar deputados no partido, caso Reinaldo confirme a filiação. Bolsonaro disse que tentaria, mas já avisou Reinaldo que não impedirá, por entender que o partido “só cresce” com novas filiações.
O MDB, que se comprometeu em apoiar Riedel, também vive essa expectativa sobre formação do grupo. Hoje, não está na lista de prioridades do grupo tucano, mas pretende cobrar o acordo firmado após a eleição de 2022, onde ficou definido que o partido apoiaria a reeleição de Riedel e eleição de Reinaldo ao Senado, em troca da retomada da parceria.
Neste acordo, ficou combinado que o MDB seria um dos partidos do grupo na eleição. Todavia, hoje, a sigla não figura entre as prediletas do grupo tucano.
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