Uma videoconferência promovida na última terça-feira pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul reuniu autoridades e especialistas para discutir os impactos ambientais, econômicos e sociais causados pelos javalis (Sus scrofa) e seus híbridos, os javaporcos, no município de Bonito. A reunião foi organizada pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC), em parceria com a Prefeitura de Bonito e órgãos federais e estaduais.
Participaram do encontro o prefeito Josmail Rodrigues, o secretário municipal de Meio Ambiente, Thyago Sabino, o presidente da Câmara Municipal e do Conselho Municipal de Meio Ambiente (CONDEMA), Paulo Henrique Breda, além de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Ministério do Meio Ambiente e da Fundação Oswaldo Cruz.
A reunião atendeu a uma demanda do CONDEMA, que tem debatido com frequência os prejuízos causados pela presença crescente desses animais na região.
As discussões abordaram três eixos principais:
Ambiental: A presença dos javalis representa uma ameaça direta à biodiversidade local, com impactos em áreas de nascentes e mananciais, fundamentais para o ecossistema de Bonito.
Econômico: O agronegócio e o ecoturismo, pilares da economia local, têm sofrido prejuízos. Estimativas indicam que entre 10% e 15% da produção agrícola local já foi afetada.
Segurança: A agressividade dos animais e sua alta taxa de reprodução elevam o risco de acidentes e conflitos com a população, afetando a segurança nas áreas urbanas e rurais.
Durante a reunião, o prefeito Josmail Rodrigues alertou sobre a gravidade do problema:
“Estamos preocupados com o aumento desses animais no município de Bonito. Eles têm chegado até as nascentes dos nossos rios, prejudicando o ecoturismo e o agronegócio. A situação exige ação coordenada.”
A videoconferência foi o primeiro encontro técnico focado exclusivamente no avanço dos javalis em Bonito. Ao final, os participantes concordaram sobre a necessidade de um plano de ação conjunto entre União, Estado e Município. Novas reuniões devem ocorrer nas próximas semanas para aprofundar o debate e estruturar estratégias de controle da espécie invasora, com foco na preservação ambiental e no desenvolvimento sustentável da região.
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