Obras de implantação de drenagem e pavimentação do Residencial Bellinate, na região do Imbirussu, em Campo Grande, serão retomadas cinco anos após a interrupção. A empreiteira que venceu a licitação pediu rescisão do contrato, com 31% do serviço realizado.
Conforme informações da prefeitura, o projeto foi readequado para contemplar trechos de três ruas, que somam uma extensão de pouco mais de meio quilômetro, e fazer a interligação por asfalto do Recanto dos Pássaro com o Ana Bairro Maria do Couto, bairros vizinhos ao Bellinate.
O serviço está em andamento justamente nestas vias, com terraplanagem na Rua Venturellis e imprimação (estágio que precede a aplicação do pavimento) para receber a capa asfáltica nas ruas Mutum e Colheiro, no trecho até a Rua Marina Souza Splenger.
Há equipes trabalhando na construção do meio-fio nos trechos já asfaltados e concluindo a topografia onde na próxima semana começa a terraplanagem. A previsão da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) é que em 90 dias o bairro esteja pavimentado.
O investimento previsto é de R$ 1.951.310,07, sendo R$ 1.679.776,69, recursos de um financiamento do PAC Pavimentação e R$ 271.533,38, de contrapartida, viabilizada em parceria com o Governo do Estado.
Para concluir o projeto, serão executados 1,9 km de asfalto, concluídos 640 metros de drenagem. Também será recapeada a Avenida Wanderlei Pavão, principal via de acesso ao Jardim Aeroporto, trecho entre as avenidas Júlio de Castilho e Professor José Barbosa Rodrigues.
Serão asfaltadas as Ruas Alberto Almeida Júnior, Antonio Canovas Portela, Edward Quirino Lacerda; Dona Francisca Torraca Belinate; Ivolândia; Pindaré Mirim; Travessa Antônio Serra Silveira; Travessa Dr. Paulo Galhardi; Rua Colheiro; dos Venturellis e Mutum. Além do recapeamento da Avenida Wanderlei Pavão.
OBRA PELA METADE A interrupção das obras no Bellinate criou situações como a que ocorre em ruas como a Rua Morro Pilar: há trechos asfaltados, mas falta meio-fio, calçada e a sinalização de trânsito. Na quadra entre a Avenida Júlio de Castilho e a Rua Francisco Torraca Bellinati, metade da pista tem pavimentação e na outra foi feita apenas a imprimação.
“Fui privilegiada. Do lado onde fica minha casa, já tem asfalto; o vizinho da frente não tem”, comenta, bem humorada, dona Agripina Aparecida, 61 anos, que mora no bairro desde 2003. “Conheci aqui antes de virar bairro. Era uma chácara. Quando surgiu o loteamento, fui uma das primeiras a comprar terreno e construir”, revela.
A mesma sorte não teve dona Nilza Aparecida, que mora no outro lado da rua, onde o serviço foi interrompido quando a empreiteira havia concluído apenas a base do pavimento. “Estamos na expectativa de que essa obra termine, há muito tempo”, afirma.
Em pior situação ficou a Rua Francisco Torraca Bellinati, onde no início de 2015 a enxurrada arrastou o pavimento no trecho asfaltado. Por dois anos, moradores ficaram praticamente ilhados, pois as chuvas que caíram no período levaram todo o material de terraplanagem, abrindo crateras.
*Correio do Estado