A deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) solicitou ao governador Eduardo Riedel (PSDB), por intermédio do secretário de Infraestrutura e Logística, Guilherme Alcântara, a implantação urgente de sinalização viária no trecho do anel viário de Dourados, especialmente em frente à Aldeia Boqueirão/Bororó.
O pedido inclui a instalação de placas de advertência, lombadas eletrônicas e dispositivos de moderação de tráfego, como parte de uma ação preventiva para proteger pedestres, ciclistas e moradores da comunidade indígena que circulam diariamente pelo local.
“Estamos lidando com um trecho urbano de grande fluxo, onde transitam crianças, estudantes e trabalhadores, todos expostos a riscos diários. O número de acidentes e a falta de sinalização mínima tornam inaceitável a omissão do poder público”, afirmou a deputada.
Lia Nogueira acrescentou que o anel viário, à época em que foi construído, tinha como objetivo desafogar o tráfego pesado de caminhões e carretas no perímetro urbano. “Só que hoje a cidade cresceu, essa região avançou muito, principalmente por causa dos condomínios fechados. E, hoje, virou uma situação em que o Governo do Estado tem que intervir para garantir a segurança. Porque é uma região que cresceu muito e o trânsito ficou cada vez mais movimentado. Mas a sinalização não acompanhou essa mudança, que precisa ser mais reforçada e eficaz, para evitar acidentes com morte”, pontuou.
O local registra, com frequência, acidentes graves, como o ocorrido em 31 de julho de 2025, quando o indígena Adão Brites Amarília, de 42 anos, da etnia Kaiowá, morreu ao ser atropelado por uma carreta, próximo à entrada da Aldeia Bororó. O caso gerou comoção entre os moradores, que já realizaram diversos protestos cobrando providências do Estado.
Outro acidente semelhante ocorreu em 2024, quando Catalino Gomes Lopes, também indígena, foi atropelado por uma caminhonete e não resistiu. Na ocasião, o corpo foi velado na pista como forma de protesto.
“Não dá para aceitar que vidas continuem sendo perdidas em um local onde a prevenção é possível. A sinalização e os mecanismos de controle de velocidade são medidas simples, mas salvam vidas. Por isso, pedimos proteção à população indígena e a todos que transitam por ali”, completou Lia Nogueira.
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