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Só falta imunidade criminal: Deputados de MS torram R$ 13,9 mi com salários, gabinete e cota

Essa imunidade vigorou entre 1988 e 2001, período em que assassinos, traficantes e corruptos ficaram impunes porque a Câmara dos Deputados proibiu a investigação

22/09/2025 às 08h38
Por: Tribuna Popular Fonte: O Jacaré
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Em oito meses, em média, cada deputado federal de MS torrou R$ 1,7 milhão: valor inclui salário de R$ 46,3 mil, cota parlamentar de R$ 46,3 mil e R$ 133 mil em verba de gabinete (Foto: Montagem)
Em oito meses, em média, cada deputado federal de MS torrou R$ 1,7 milhão: valor inclui salário de R$ 46,3 mil, cota parlamentar de R$ 46,3 mil e R$ 133 mil em verba de gabinete (Foto: Montagem)

Só falta a imunidade para cometer crimes e ficar impune, como prevê a PEC da Blindagem. De janeiro a agosto deste ano, os oito meses, os oito deputados federais de Mato Grosso do Sul gastaram R$ 13,9 milhões com salários, pagamento de assessores e cota parlamentar para custar as despesas do mandato. Em média, cada um custou R$ 1,7 milhão ao contribuinte.

Só que não contentes com tanta mordomia, Beto Pereira e Dagoberto Nogueira, do PSDB, Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, do PL, aprovaram a PEC da Blindagem, que proíbe a abertura de investigações criminais e prisões de parlamentares sem aval do Congresso Nacional.

O caso mais notório foi Hidelbrando Paschoal, que esquarteja os adversários com motosserra. Não era um filme de terror, era a realidade brasileira com a PEC da Blindagem.

Neste domingo, milhares de brasileiros foram às ruas contra a volta da blindagem de corruptos e bandidos pelo parlamento brasileiro. E o mandato de um deputado já tem muitas regalias e não custa barato.

Campeão de gastos, Dagoberto quer mais

O deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB) é o campeão em gastos em oito meses, com R$ 1,809 milhão, conforme o Portal da Transparência dos Deputados. O tucano votou a favor da volta do voto secreto para proteger deputados que votarem a favor do salvo conduto para os bandidos no parlamento.

Em segundo lugar ficou Geraldo Resende (PSDB), com gasto de R$ 1,799 milhão. Ex-secretário estadual de Saúde, ele votou contra a PEC da Blindagem. Já Beto Pereira (PSDB) ficou em 3º lugar em gastos, com R$ 1,794 milhão. O ex-prefeito de Terenos ainda quer mais e votou a favor da PEC da Blindagem.

Camila Jara e Vander Loubet, do PT, ficaram em seguida no ranking dos gastos, com R$ 1,784 milhão e R$ 1,783 milhão, respectivamente. Os dois petistas são contra a imunidade parlamentar para o crime.

Dr. Luiz Ovando (PP) torrou R$ 1,713 milhão de janeiro a agosto deste ano. O ex-comunista quer mais mordomia e votou a favor da PEC da Blindagem, assim como os bolsonaristas Marcos Pollon (PL), com gasto de R$ 1,705 milhão, e Rodolfo Nogueira (PL), com R$ 1.604 milhão.

Dos oito deputados, seis optaram pelo apartamento funcional. Já Dr. Ovando (R$ 25,5 mil) e Geraldo (R$ 34 mil) ainda recorreram ao auxílio moradia, de acordo com o Portal da Transparência.

Cada deputado tem salário de R$ 46.366,19 por mês – um cidadão comum levaria 30 meses – dois anos e meio – para ganhar o valor equivalente ao pago a um parlamentar em um único mês.

Além disso, eles ganham R$ 46.336,64 para gastar com a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), que custeia as despesas do mandato, como passagens aéreas e conta de celular. Algumas são reembolsadas, como as com os Correios, e outras são pagas por débito automático, como a compra de passagens.

Cada deputado tem R$ 133.170,54 por mês para pagar salários de até 25 secretários parlamentares, que trabalham para o mandato em Brasília ou nos estados. Eles são contratados diretamente pelos deputados, com salários de R$ 1.548,10 a R$ 18.719,88.

O político erra feio ao abusar da boa vontade do eleitor para ampliar a mamata de um mandato parlamentar.

Confira os gastos dos parlamentares de MS:

Deputado Salários Cota Parlamentar Verba de gabinete Auxílio Moradia Total
Dagoberto Nogueira 370.929,52 397.497,46 1.041.444,86 0 1.809.871,84
Geraldo Resende 370.929,52 415.753,22 978.371,49 34.024,00 1.799.078,23
Beto Pereira 370.929,52 371.094,45 1.052.463,43 0 1.794.487,40
Camila Jara 370.929,52 380.669,05 1.032.702,16 0 1.794.487,40
Vander Loubet 370.929,52 364.891,95 1.047.851,08 0 1.783.672,55
Dr. Luiz Ovando 370.929,52 316.031,96 1.000.617,96 25.518,00 1.713.097,44
Marcos Pollon 370.929,52 369.185,33 965.703,35 0 1.705.818,20
Rodolfo Nogueira 370.929,52 366.360,13 866.952,94 0 1.604.242,59
Fonte: Portal da Transparência da Câmara dos Deputados

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