Valdemar ignora candidatura de Pollon e diz que apoio a Riedel é ‘óbvio’

Após filiação de Reinaldo Azambuja ao PL, o deputado federal Marcos Pollon (PL) lançou candidatura ao Governo do Estado, afirmando que aposta em uma mudança de posicionamento do partido, com opção de candidatura própria.

A reportagem indagou Valdemar sobre a possibilidade de mudança e ele respondeu que o apoio a Eduardo Riedel é “óbvio”.

O presidente foi questionado sobre a rejeição de uma parte da sigla quanto ao comando do partido nas mãos de Reinaldo e respondeu que a filiação de Reinaldo Azambuja foi “a melhor coisa que aconteceu ao PL no Brasil”.

Pré-candidatura

Na segunda-feira, após faltar à filiação de Reinaldo Azambuja (ocorrida no domingo), Pollon divulgou nota anunciando a pré-candidatura ao governo.

“Ontem, o PL, pelo próprio Valdemar da Costa Neto, formalizou a filiação de Reinaldo Azambuja, entregando o partido no Mato Grosso do Sul ao grupo do ex-governador e deixando claro que a vaga ao Senado já foi dada a ele. Nunca escondi que disputar o Senado era meu desejo, mas não vivo de ilusões. O que o estado precisa são lideranças de direita com coragem, preparo e alinhadas ao bolsonarismo, sem rabo preso com o sistema”, declarou.

O deputado disse ainda que coloca o nome à disposição para o governo para que a direita tenha “representação verdadeira em Mato Grosso do Sul”.

Reinaldo acertou filiação ao PL com a garantia de que o partido apoiaria a reeleição de Eduardo Riedel. Entretanto, Pollon aposta na mudança de posição, assim como aconteceu na eleição do ano passado.

“Em 2024, o PL caminhava para ter candidatura a prefeito, mas acabou mudando de rumo. Com base nisso, abre a possibilidade para mudança de posição, com a possibilidade do PL definir por candidatura própria em 2026”, justificou.

Pollon comandava o PL em Mato Grosso do Sul até o ano passado. Ele perdeu o comando depois que Reinaldo e Eduardo Riedel fecharam parceria com Jair Bolsonaro (PL) e Valdemar para a eleição de prefeitos e a próxima, em 2026. Após perder o comando, Pollon chegou a lançar pré-candidatura a prefeito, mas não foi atendido pelo partido, que manteve apoio a Beto Pereira (PSDB), mesmo com várias lideranças anunciando interesse de concorrer.