Com 20 anos de história, o Festival de Inverno de Bonito se consagrou ao longo dos anos pela programação diversificada e que reunia grandes artistas brasileiros e internacionais no palco da cidade turística mais renomada de Mato Grosso do Sul.
Para este ano, o governo do Estado, por meio da Fundacação de Cultura de Mato Grosso do Sul, decidiu dividir o evento em dois: o pré-festival, de 20 a 24 de julho, e o festival convencional, de 25 a 28 de julho, com as programações musicais conhecidas do grande público.
No caso do pré-festival, as apresentações culturais, mostras de filmes e oficinas serão realizadas em espaços alternativos, como a Escola Municipal Águas do Miranda, localizada no distrito de mesmo nome, e a Escola Municipal Ozório Jaques, do Assentamento Projeto Guaicurus. Essa não é a primeira vez que o Festival sai do entorno da Praça da Liberdade, na rua principal da cidade, a Pilad de Rebuá, o que demonstra uma preocupação em oportunizar a esse público mais distante a possibilidade de participar das atividades culturais do evento.
Durante a divulgação da programação oficial do festival, na manhã de ontem na Governadoria, a diretora-presidente da Fundação de Cultura de MS (FCMS), Mara Caseiro, ressaltou a diversidade e a importância do festival. “Não é só música, é arte, literatura teatro, é uma transformação cultural”, ressalta.
PROGRAMAÇÃO
A principal atração do Festival de Inverno de Bonito sempre foi a programação musical. Neste ano, o evento terá a abertura de Chrystian e Ralf na quinta-feira, 25 de julho, no palco principal, seguido de BaianaSystem, na sexta-feira, 26 de julho, Gal Costa, no sábado, 27 de julho, e o cantor Lenine, no encerramento domingo, 28 de julho.
Além dos artistas no palco principal, a música será fio condutor também nas ruas da cidade, com intervenções artísticas do El Trio, com canções de jazz e música contemporânea, formado por Adriel Santos, Gabriel de Andrade e Gabriel Basso. Na outra ponta, estarão o Duo Callado, com o repertório de flauta e violão, incluindo ritmos variados como choro, jazz, bossa nova e os verdadeiros clássicos do rock. O Duo Callado é formado pelo flautista e saxofonista Philip Andara e o violonista Carlos Alfeu.
HOMENAGENS
A tradição de homenagear personalidades importantes para a cultura do Estado permanecerá na edição deste ano. As celebrações serão voltadas para a artista plástica de Bonito, Celair Ramos Peralta, a Buga, o músico Castelo, o artista plástico Isaac de Oliveira, a incentivadora da arte sul-mato-grossense Idara Duncan e o contador de histórias Elinor Nolasco Falcão (Noi).
“Eu fiquei sabendo da homenagem anteontem. Essa é a segunda vez que eu sou homenageado no festival. Há uns cinco ou dez anos, eu também fui lembrado pela produção; montaram uma galeria com obras, foi bem interessante”, explica Isaac de Oliveira.
O artista plástico tem uma relação antiga com o festival, por ter criado a primeira logo do evento. “Era uma piraputanga usando cachecol”, relembra.
Com 50 anos de arte e 30 deles vivendo profissionalmente de suas obras, Isaac acredita que as festividades mantêm uma relação próxima com a população de Mato Grosso do Sul. “O festival continua resistindo e isso é o que importa”, acredita.
*Correio do Estado
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