A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) e da Primeira Delegacia de Polícia de Paranaíba, investiga o feminicídio de uma mulher de 48 anos, ocorrido na madrugada desta sexta-feira (10), em uma propriedade rural conhecida como Fazenda Marival, localizada a cerca de 45 quilômetros da cidade.
Conforme apurado, a vítima foi atingida por golpes de faca desferidos por seu companheiro, homem de 30 anos, após uma discussão. O casal convivia há aproximadamente cinco meses e, segundo familiares e testemunhas, o relacionamento era marcado por ciúmes excessivos, agressões físicas e ameaças, embora não houvesse registros formais anteriores.
A mulher chegou a ser socorrida à Santa Casa de Paranaíba, mas não resistiu aos ferimentos. O suspeito, que havia acompanhado o socorro, permaneceu na recepção do hospital, ocasião em que a equipe médica acionou a Polícia Militar, diante das informações de que ele seria o autor das agressões. O homem foi detido ainda nas dependências do nosocômio.
A Polícia Civil foi imediatamente comunicada e realizou a autuação em flagrante em trabalho conjunto entre os delegados titulares da DAM e da Primeira Delegacia de Polícia, com apoio das equipes de investigação e da perícia técnica. Foram efetuadas coletas de provas, oitivas de testemunhas, levantamento fotográfico e apreensão de objetos que subsidiarão o inquérito policial.
Durante as apurações iniciais, verificou-se que o suspeito já possuía registro anterior por violência doméstica em Ji-Paraná, Estado de Rondônia, o que evidencia padrão de comportamento violento e reincidente em contextos de gênero.
Por se tratar de crime cometido em contexto de violência de gênero, a Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) seguirá à frente das investigações, observando as diretrizes do Procedimento Operacional Padrão (POP) – Feminicídio, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP/MS), que estabelece parâmetros técnicos e humanizados para a apuração desse tipo de crime.
A Polícia Civil reforça que o feminicídio representa a forma mais extrema da violência contra a mulher, e que denunciar comportamentos agressivos, ameaças e controle excessivo pode salvar vidas.
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