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PF mira fundos de pensão que aplicaram R$ 1,9 bi em títulos do Master, diz TV

Autarquias estaduais e municipais compraram papéis sem cobertura do FGC; Rioprevidência investiu quase R$ 1 bi

19/11/2025 às 11h40
Por: Tribuna Popular Fonte: Infomoney
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(Foto: Divulgação/Polícia Federal)
(Foto: Divulgação/Polícia Federal)

A Polícia Federal vai abrir novas frentes de apuração para investigar a venda de títulos sem cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) a fundos de previdência fechados administrados por gestões estaduais e municipais. As informações são da CNN Brasil.

A negociação desses papéis teria rendido ao menos R$ 1,9 bilhão ao Banco Master, alvo de operação da PF na terça-feira (18), que prendeu o presidente da instituição, Daniel Vorcaro, e outros executivos ligados a ele.

Segundo integrantes da corporação, a intenção é apurar “toda a extensão dos crimes eventualmente cometidos”, incluindo as aplicações feitas por fundos de servidores.

A PF ainda avalia se essas apurações serão incorporadas ao inquérito aberto no início de 2024 ou se haverá novas investigações específicas, decisão que dependerá do entendimento com o juiz responsável pelo caso.

Fundos estaduais e municipais

Três governos estaduais e uma capital do Nordeste aplicaram recursos em papéis do Master. O caso mais expressivo envolve o Rioprevidência, fundo dos servidores do Rio de Janeiro.

A autarquia investiu aproximadamente R$ 960 milhões em Letras Financeiras emitidas pelo banco entre outubro de 2023 e agosto de 2024, com vencimentos previstos para 2033 e 2034.

O Rioprevidência informou que negocia a substituição desses papéis por precatórios federais e afirmou que o pagamento de aposentadorias e pensões “está garantido”. Destacou ainda que o valor aplicado é inferior ao custo mensal da folha, hoje de R$ 1,9 bilhão, sustentada majoritariamente por receitas de royalties e participações especiais.

O investimento ocorreu mesmo após o TCE-RJ ter alertado sobre o risco bilionário da operação. Entre maio e julho, o fundo aportou recursos no banco enquanto a instituição já enfrentava dificuldades e, meses depois, entraria em liquidação extrajudicial.

Risco para servidores

Os fundos estaduais e municipais investigados fazem parte dos regimes próprios de previdência (RPPS), responsáveis por garantir aposentadorias e pensões de servidores públicos.

Aplicações de alto risco, feitas sem proteção do FGC, podem comprometer a capacidade futura de pagamento dos benefícios, caso os valores investidos não sejam recuperados.

A PF também analisa a possibilidade de mudança de foro da investigação, hoje conduzida na Justiça Federal de Brasília. Com o avanço das diligências e a eventual identificação de autoridades com prerrogativa de foro, o caso pode ser remetido a um tribunal superior.

As apurações continuam paralelamente à liquidação extrajudicial decretada pelo Banco Central, que afastou ex-administradores e tornou indisponíveis os bens dos controladores do Master.

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