
A visita a apartamentos decorados continua sendo uma etapa central no processo de escolha de um imóvel, mesmo em um contexto em que ferramentas digitais ampliam as formas de apresentação dos empreendimentos. Embora os recursos virtuais permitam explorar plantas e configurações à distância, a vivência presencial ainda oferece ao comprador uma percepção concreta da distribuição dos ambientes, das possibilidades de uso e da relação entre os espaços.
Durante a visita, o cliente observa de forma prática como a planta pode ser organizada e como os ambientes funcionam no cotidiano. Circulação, disposição dos móveis, soluções de armazenamento e alternativas de integração entre os cômodos são aspectos que podem ser compreendidos de maneira mais clara nesse contato.
Para Débora Bertini, diretora-geral de incorporação e vendas da MPD Engenharia, “a visita ao decorado permite ao cliente visualizar seu cotidiano no espaço e avaliar se a configuração atende às suas necessidades”.
Elementos que influenciam a avaliação
A análise inclui elementos como aproveitamento dos ambientes, circulação, iluminação natural e possibilidades de personalização. Esse processo ajuda o consumidor a identificar como o projeto se adapta ao seu estilo de vida e às demandas de diferentes perfis de morador.
De acordo com a executiva, compreender como o projeto pode ser ajustado à rotina é um dos fatores que contribuem para uma escolha mais segura.
Comparação entre diferentes propostas
Os decorados também funcionam como ferramenta de comparação entre diferentes propostas de arquitetura. No empreendimento Most Moema, em São Paulo, foram apresentadas duas configurações da mesma planta, cada uma com uma abordagem distinta de layout.
As versões demonstraram alternativas de uso para o mesmo espaço, permitindo ao comprador avaliar qual organização se aproxima mais de suas necessidades. “Quando o cliente tem acesso a mais de um layout, ele passa a considerar possibilidades que inicialmente poderiam não ter sido imaginadas”, frisa a diretora da MPD.
Expansão da experiência com recursos digitais
Com o avanço dos recursos digitais, a forma de conhecer um empreendimento vem se ampliando. Tours virtuais, imagens em 360 graus e modelos tridimensionais oferecem ao interessado a oportunidade de explorar o imóvel antes da visita presencial. A MPD tem adotado essa combinação em seus lançamentos.
Entre os exemplos estão os studios dos empreendimentos Trinity, Roya e Reffugio, que podem ser explorados por meio do Apple Vision. Já em São Paulo, o decorado do Figueira Leopoldo pode ser visitado na própria torre, no Itaim Bibi, enquanto o New Time está disponível no stand de vendas da Vila Mariana.
Formatos híbridos e experiências complementares
Em Alphaville, os empreendimentos Neo, Andrômeda e Terrah oferecem experiências que integram espaços físicos e ferramentas virtuais nos stands de vendas. A empresa também mantém um ponto de apresentação no Shopping Iguatemi, onde modelos tridimensionais podem ser acessados por meio de dispositivo de realidade aumentada.
A adoção dessas ferramentas acompanha um movimento do setor imobiliário em direção a formatos híbridos de apresentação, que facilitam as etapas iniciais da pesquisa e ampliam as possibilidades de análise do consumidor.
Integração entre formatos e apoio à decisão
Para Bertini, a diversidade de formatos, físicos e digitais, amplia o entendimento sobre o uso dos espaços e oferece mais elementos para a decisão de compra. “Diferentes composições de layout e recursos tecnológicos ajudam a demonstrar como o imóvel pode acompanhar necessidades específicas ou mudanças ao longo do tempo”, destaca.
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