Plantio de árvores de espécies inadequadas para o Cerrado é mantido em Campo Grande pela prefeitura, que ignora os riscos que tais espécies oferecem ao meio urbano. Algumas plantas representam riscos de pragas, destruição de calçadas e perigos para passeios públicos, com risco até mesmo de queda. É o caso da sibipiruna, uma das mais comuns na Capital, ocupando o terceiro lugar no ranking das mais plantadas – com 9,19% –, atrás somente das espécies oiti (com 18,35%) e ficus (com 18,18%), que também são perigosas.
O Plano Diretor de Arborização Urbana de Campo Grande (Pdau), de 2010, revela que a sibipiruna, árvore nativa da Mata Atlântica, tem alta quantidade de unidades com problemas fitossanitários (fungos, parasitas e outras doenças) e também conflituosos, com a maioria delas de plantio antigo. “Necessita de novos plantios e substituições”, é a recomendação do documento, de 2010.
Apesar de seu plantio não ser impedido pelo documento, ressalvas são feitas. Em levantamento realizado para a elaboração do plano, a sibipiruna mostrou-se como a espécie com maior “porcentagem de árvores ruins ou complicadas/mortas”.
O professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e doutor em Biologia Vegetal, Geraldo Alves Damasceno Júnior, alerta sobre o plantio indiscriminado da espécie, que pode gerar transtorno para a cidade, em médio e longo prazo. maltratada nem podada. Ela não é ideal para se colocar nas calçadas por causa da fiação”, diz Damasceno.
*Correio do Estado
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