Passagem de frente fria por Mato Grosso do Sul no último fim de semana pouco contribuiu para mudar a estiagem severa que castiga as principais regiões produtoras do milho safrinha no Estado, algumas delas há mais de 30 dias. De acordo com última circular da Associação de Produtores de Soja do Estado (Aprosoja-MS), divulgada nesta semana, a produção terá queda de 19,8% no volume de grãos, saindo de 9,8 milhões de toneladas na safra 2016/2017 para 7,65 milhões de toneladas na safra 2017/2018. A produtividade está estimada em 75,0 sacas por hectare, recuo de 10 sacas em relação ao índice estimado no início do plantio, enquanto a redução da área plantada nesta safra é de 8,21% em relação ao ciclo anterior, passando de 1,8 milhão para 1,7 de milhão de hectares.
Dentre as sete regiões monitoradas pelo Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga), sete permanecem em estresse hídrico (respectivamente o sudeste, sul-fronteira, sul, centro-oeste, centro-sul e centro), embora em duas delas tenha sido registrada precipitação em um único dia, variando entre 10 e 30 milímetros. Somente na região norte, “o regime hídrico segue dentro da normalidade”, apontou o mapeamento, realizado entre os dias 7 e 10 deste mês.
MERCADO
Apesar das condições climáticas desfavoráveis no campo, o boletim da Aprosoja aponta que o preço da saca do milho em Mato Grosso do Sul apresentou alta entre 4 e 11 de maio. O cereal foi cotado em R$ 33,81 no período, valorização de 4,84%. No acumulado do mês a elevação foi de 12,24%. No comparativo com maio do ano passado houve alta nominal de 60,4%.
*Correio do Estado
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