Mais uma categoria passou a apoiar o protesto dos caminhoneiros em Mato Grosso do Sul. Desta vez os caçambeiros, responsáveis pelo transporte e destinação dos resíduos da construção civil em Campo Grande, vão se reunir aos manifestantes que há quatro dias estão na BR-163 na saída para Cuiabá (MT).
O presidente da Associação Campo-grandense de Locação de Bens Móveis (ACLBM), Bruno de Brito, explicou que o grupo vai seguir em carreata pelo centro da cidade, até o Posto Caravagio no anel viário.
“Apoiamos o protesto dos caminhoneiros e vamos nos unir a eles para reforçar a indignação e pedir a baixa do diesel. Além disso, precisamos de políticas públicas que garantam o transporte e o descarte regular de entulho”.
Para a manifestação prevista para passar pelas avenidas Afonso Pena, Calógeras, Fernando Corrêa da Costa, Nelly Martins (Via Parque) e Cônsul Assaf Trad, até a rodovia, o grupo pediu a participação de um veículo de cada uma das 70 empresas filiadas a ACLBM.
“Antes o diesel representava entre 40% e 50% do faturamente do caminhão para prestar o serviço. Hoje ultrapassou 60%, o restante é usado na manutenção, seguro e custo com funcionário. No final das contas conseguimos bancar apenas a operação”, explicou o vice-presidente da entidade, Francisco Pita.
Somente este ano, de acordo com dados da Associação, quatro empresas fecharam as portas por conta da crise. “Outras estão sinalizando fechar também. Porque o empresário não tem lucro, banca apenas a operação. Não compensa ter um patrimônio desses. O resultado é o desemprego e a longo prazo pode refletir na construção civil. Um dia sem coleta de entulho pode atrasar em semanas a obra”, finalizou Pita.
*Correio do Estado
Mín. 23° Máx. 39°