A fila para agendamento de consulta ambulatorial na especialidade de psiquiatria em Campo Grande já chegou a 8.041 pacientes. O número foi revelado pela própria Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), em ofício enviado à Defensoria Pública no fim de maio deste ano.
O órgão move ação civil contra Santa Casa, município e Estado por causa do fechamento do setor psiquiátrico do principal hospital sul-mato-grossense. Na edição do fim de semana, o Correio do Estado mostrou que o antigo espaço está sendo usado para cursos na área da saúde que chegam a custar R$ 2,5 mil.
A seção, que já teve 48 leitos para internação e 1 mil vagas para consultas, foi reduzida a 10 leitos e 100 vagas antes de encerrar as atividades em outubro de 2017.
Mas não é apenas o impacto do fechamento do setor que prejudica ainda mais quem depende do Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar das doenças mentais. A rede de assistência também é precária e sofreu consecutivas perdas ao longo dos anos.
A espera é maior para consultas em psiquiatria para adultos. Segundo o documento, eram 6.518 solicitações até o quinto mês de 2018. Outras 908 crianças aguardavam atendimento especializado pediátrico. Já a fila para consultas de idosos tinha 429 pessoas.
*Correio do Estado
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