A criação da Polícia Nacional de Fronteiras pode ser a alternativa para resolver o estado de abandono das regiões de fronteiras, especialmente com a Bolívia e o Paraguai, por Mato Grosso Sul, que são portas abertas para a entrada de drogas, armas e munições traficadas. O projeto faz parte da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 03/2018 e se encontra no Senado. A sua tramitação aguarda o término da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, uma vez que durante intervenção não pode haver alteração da Constituição.
Pela proposta, o artigo 144 passaria a vigorar com nova redação, estabelecendo que “à Polícia Nacional de Fronteiras, organizada em carreira única, compete o exercício das funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras”, em colaboração com as demais polícias. São atribuições hoje conferidas à Polícia Federal.
Além do autor da proposta, senador Wilder Morais, a PEC é assinada por outros 29 senadores, entre eles os três de Mato Grosso do Sul – Simone Tebet, Waldemir Moka e Pedro Chaves.
Wilder Morais justifica o projeto sustentando que o Brasil é um país de dimensões continentais com mais de 16 mil quilômetros de fronteiras terrestres e de sete mil quilômetros de costa marítima, e as instituições atualmente encarregadas de sua vigilância não têm conseguido deter as crescentes toneladas de drogas e armas de grosso calibre que enriquecem e fortalecem as facções criminosas que aterrorizam as cidades brasileiras.
*Correio do Estado
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