Em tempos em que se discutem propostas de candidatos ao poder público, a construção de escolas pode não ser mais uma preocupação para os próximos governantes de Campo Grande. Isso porque, conforme dados do Sistema Municipal de Indicadores (Sisgran), no ano de 2018, sobraram 2.770 vagas nas escolas da Rede Municipal de Ensino da Capital. Há 85.568 matriculados, mas a capacidade é de 88.338.
A explicação, segundo especialistas, está na diminuição da natalidade e na redução das reprovações. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, de 2010 para 2018, a taxa de natalidade (que é o número de nascimentos por cem mil habitantes) diminuiu de 16,61 para 16,05.
“Uma coisa é certa: está diminuindo a população. O número de filhos por casal vem se reduzindo. A quantidade de crianças e jovens vem diminuindo. Mas, na verdade, são duas coisas que contribuem para a sobra de vagas, uma é essa, a outra é que houve uma melhora na qualidade do ensino”, avalia a professora Sueli Veiga Melo, presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems).
Ela explica que “aqueles alunos que antes reprovavam agora estão no ensino regular. Isso também representa a redução no número de alunos nas escolas”, diz.
*Correio do Estado
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