A decisão da Câmara Municipal de Campo Grande de o salário do prefeito Marcos Trad (PSD) corresponder a mais de 90% da remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) repercutiu mal entre as pessoas entrevistadas no centro da cidade. “O Brasil não tem dinheiro para o salário do peixinho, mas tem dinheiro para o do tubarão”, declarou Evanir de Araújo, 80 anos, aposentada.
O aumento do salário do prefeito vai repercutir na folha do secretariado, dos fiscais e, consequentemente, da vice-prefeita Adriane Lopes (Patriota), que será beneficiada em seu holerite.
O impacto do aumento salarial foi grande. As pessoas entrevistadas na Praça Ary Coelho já sabiam do reajuste e não gostaram nada da notícia.
Evanir resumiu em poucas palavras o que sente com a notícia do aumento salarial do chefe do Executivo municipal. “Considero profanação. O Brasil não tinha dinheiro para a Previdência Social”.
Na opinião do motorista Valdir Pedro Chafler, 41 anos, a notícia do aumento salarial é um “tapa na cara da sociedade”. “O aumento não é só do prefeito, mas de secretários, vice e vereadores, só o meu salário que não sobe”.
*Correio do Estado
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