A polícia civil do município de Anastácio vai instaurar inquérito para apurar o falecimento de Eli Rosa Milton Paes, 40 anos, acusada de participação na morte do fazendeiro Péricles Costa Marques, ocorrido em novembro de 2014. No dia 8 de fevereiro, ela morreu na Santa Casa de Campo Grande onde deu entrada em coma e com edema cerebral. A mulher que tinha domicílio em Aquidauana, aguardava sentença judicial na delegacia de Anastácio, responsável pela custódia de mulheres acusadas de crimes.
Segundo o delegado titular Antonio Souza Ribas Júnior, Eli apresentava sinais de que não estava bem desde o mês de Setembro de 2015. “Ela vinha recebendo atendimento desde o ano passado, tanto dentro da delegacia, pelo atendimento prisional, realizado pela prefeitura do município, como nos hospitais das cidades vizinhas”, contou. Ainda de acordo com o delegado, no dia 15 de janeiro a mulher deu entrada no Pronto Socorro de Aquidauana com suspeita de Acidente Vascular Cerebral (A.V.C).
Após atendimento, ela foi liberada para voltar para a delegacia. Após esta data, ela foi encaminhada mais duas vezes para atendimento em Anastácio, a última vez foi no dia 02 de fevereiro. “No dia 3 solicitei ao juiz a remoção da Eli para alguma unidade onde ela pudesse ter atendimento ininterrupto, mas no dia 4 ela piorou e foi encaminhada para o Hospital Regional de Aquidauana, onde permaneceu internada”, informou o delegado. No dia 07 de fevereiro, Eli foi encaminhada em estado grave para Campo Grande, onde faleceu no dia seguinte. Conforme prontuário da Santa Casa, ela deu entrada em coma e com edema cerebral. O delegado titular vai instaurar inquérito para apurar a real causa da morte da presa. “As mulheres que aguardam julgamento ou sentença na delegacia são assistidas pelo atendimento prisional da Secretaria Municipal de Anastácio, damos toda assistência.
Eli também recebia atendimento. Elas conversavam com os médicos, se houvesse negligência, a Secretaria com certeza iria nos questionar. Todas as vezes que ela passou mal foi encaminhada para atendimento nas unidades de saúde dos municípios vizinhos, era atendida e liberada”, ressaltou Ribas Júnior. O secretário municipal de saúde de Anastácio, Gaudio Trindade Costa, confirma os atendimentos e o bom trato com as presas no local. “Todas são atendidas e acompanhadas por médicos do município dentro da delegacia, com Eli não foi diferente, fez exames necessários. Nunca recebemos nenhuma queixa ou reclamação sobre o tratamento dos policiais com as presas, pelo contrário”, afirmou.
Projeto – Em outubro de 2015, Eli participou com as outras presas de um projeto realizado pela policial civil lotada em Aquidauana, Ramona Gamarra Paiva, onde foi realizado um ensaio fotográfico para ajudar no resgate da identidade dessas mulheres por meio da fotografia. Além de receber um dia de beleza, com direito a unha, cabelo e maquiagem, as presas ganharam um book fotográfico, além do DVD com fotos.
(Fonte: Diariodigital)
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