Jardim tem enfrentado nos últimos dias problemas com a vacinação infantil em diversas unidades de saúde do município. Segundo Cláudia Ap. Tavares de Lima, coordenadora de imunização da secretaria municipal de saúde de Jardim, são “consequências e resultados da alta demanda, e não está restrita apenas ao nosso município. Trata-se de um problema global, pois as taxas de natalidade aliada aos programas de saúde da criança têm colocado os laboratórios no limite, muitas vezes abaixo dele, sem conseguir atender tanta necessidade de vacinas, cuja produção requer tempo e etapas laboratoriais precisas, material de alta tecnologia” – explicou.
A secretaria municipal de saúde de Jardim informa que “estão comprometidas” aplicações das seguintes vacinas: Poliomielite VOP (gotinha), Hepatite A e B, Febre amarela e Soro antitetânico. Estão em falta desde março de 2015 vacinas especiais como DTP acelular e Hib. – para crianças alérgicas a vacina Pentavalente e também para as crianças prematuras. São feitos contingenciamento e aprazamento de várias vacinas e, devido à pequena quantidade, as vacinas de Febre Amarela são aplicados apenas em caso de “extrema necessidade, quem trabalha no mato, vai viajar para áreas endêmicas” – esclareceu a coordenadora. “Se Deus quiser! Até dia 15 de abril normalizamos o recebimento e as aplicações das vacinas de Poliomielite e Hepatite A. No máximo, em maio” – disse em desabafo.
O Ministério da Saúde já alertava para o problema, assinalando a problemática “global e nacional” dos mercados (NI nº 198) em caráter de “urgência”. O resumo da nota aponta problemas como: 1- “indisponibilidade de vacinas e/ou seus componentes no mercado nacional e mundial”; 2- “atraso na produção de grandes laboratórios como Instituto Butantã e GlaxoSmithKline – responsáveis por vacinas de tétano adulto e infantil, hepatite B, raiva... – entre outros”; 3- “problemas de desembaraço alfandegário (...) termos de guarda da ANVISA, ficando vários lotes de vacinas bloqueados na alfândega”.
A secretária municipal de saúde, Elismara Regina L. Pinheiro, disse que “todos os vacinadores da unidades de saúde de Jardim estão cientes desta situação, aptos a orientar e executar novos aprazamentos”. Falou ainda que “solicitamos a compreensão dos munícipes e estamos à disposição para maiores informações, tanto a equipe de vacinadores nas várias unidades de saúde, a coordenadora de imunização no Posto Central Nestor Pereira e eu mesma. É um problema que não é só nosso, mas do mundo inteiro, precisamos enfrenta-lo com serenidade e sabedoria” – concluiu.
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