Joseph Blatter e seus dois principais assistentes, Jérôme Valcke e Markus Kattner (ex-vice-secretário-geral), tinham contratos para receber 80 milhões de dólares (cerca de 286 milhões de reais) da Fifa em cinco anos, em salários e prêmios. Os pagamentos causaram suspeitas depois que os contratos revelaram que o dinheiro foi garantido ainda em 2010 e seria distribuído até 2019, mesmo que os três fossem demitidos por justa causa.
Os dados fazem parte de contratos que estão sendo investigados pelo FBI e pela Justiça da Suíça que aponta para suspeitas relativas aos critérios estabelecidos para justificar os pagamentos. O que surpreende a Fifa é que os valores foram autorizados em contratos assinados pelos próprios beneficiários, sem qualquer consulta. Outra suspeita é de que parte dos contratos foram firmados ainda em 2010, antes da eleição de Blatter para a presidência da Fifa naquele ano.
Boa parte dos ganhos dos dirigentes foi obtida graças à Copa do Mundo de 2014, disputada no Brasil. A mais rica competição da história foi realizada com dinheiro público. Mas gerou uma renda recorde para a Fifa de 5,7 bilhões de dólares. Sem pagar impostos nem no Brasil e nem na Suíça, Blatter dizia que o dinheiro a renda do Mundial seria revertido ao futebol mundial, inclusive o brasileiro.
Busca - Esse e outros contratos estão agora sendo investigados. A polícia fez mais uma operação na sede da Fifa para obter informações e documentos sobre pagamentos para Blatter e Valcke. O Ministério Público da Suíça confirmou a operação, realizada na noite do dia 2 de junho.
Um ano depois do início do processo contra a entidade, Blatter e Valcke foram afastados e mais de 41 pessoas também fora afastadas ou indiciadas.
*Veja.com
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