Presente no Festival do Rio, em 2015, e no Festival Varilux de Cinema Francês de 2016, o filme Um Belo Verão entrou em circuito comercial na última quinta-feira no país. Apesar de uma das protagonistas, Cécile de France, ter sido indicada ao prêmio César -- principal gratificação do cinema francês --, o longa não se destaca muito ao retratar a história de amor entre duas mulheres na década de 1970.
A trama acompanha a jovem Delphine (Izïa Higelin), filha única que vive no interior da França, ajudando seu pai e sua mãe na fazenda. Após uma desilusão amorosa, com uma moça com quem tinha relacionamento secreto, ela decide se mudar para Paris, onde o feminismo e a liberdade sexual se tornaram pautas do cotidiano das mulheres.
Na capital, ela conhece um grupo de mulheres que lutam por seus direitos. Uma das líderes do grupo é Carole (Cécile De France), uma bela mulher que vive com seu marido, o jornalista Manuel (Benjamin Bellecour). As duas se aproximam e acabam se apaixonando. Porém, Delphine é obrigada a voltar para o interior por causa de problemas de saúde do pai. Depois de um tempo, Carole decide que não consegue ficar sem a amada e vai atrás dela, o que provoca uma série de conflitos.
Dirigido e roteirizado pela francesa Catherine Corsini atrama é bem executada e apresentada de forma clássica, mas sem nenhum elemento de muito destaque. O contexto histórico do tema - que continua muito atual até hoje - e a força das duas mulheres protagonistas ajudam a criar um apela para a história. Além das belas imagens, proporcionadas mais pela beleza natural das paisagens francesas do que pela escolha da fotografia.
A história traz elementos interessantes de discussão, como a liberdade, sexualidade, o preconceito e a auto aceitação. Mas, a falta de originalidade e a simplicidade transformam Um Belo Verão em apenas mais um filme europeu sobre feminismo e a comunidade LGBT, recheado de cenas de sexo e nudez.
https://youtu.be/bii5LwpTnjE
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