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Arlequina e Coringa seguram as pontas de ‘Esquadrão Suicida’

03/08/2016 às 12h17
Por: Tribuna Popular
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Dizem as más línguas que a Marvel é uma grande e colorida cópia da DC Comics. E dizem mais, que ela nunca conseguiu acertar o tom na loucura e maldade de seus vilões, que não passam de gatinhos amedrontados perto de nomes como o lunático Coringa. Logo, o burburinho em torno do primeiro filme focado apenas nesse grupo de bad boys (e algumas bad girls) se tornou gigantesco. Maior até do que a própria produção, que chega aos cinemas nesta quarta-feira.

Esquadrão Suicida gerou muita expectativa, o que vai criar um filtro de emoção nos olhos dos fãs mais ansiosos – para eles, o longa será uma dádiva do fraco ano de 2016. Porém, o terceiro filme do universo expandido da DC Comics, sucessor de O Homem de Aço (2013) e Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2016), tem um roteiro confuso e irregular, um didatismo desnecessário e um insosso Will Smith que não consegue ser vilão – mas pelo menos sabe ser engraçado. As falhas são balanceadas pela estética hiper-estilizada, tirada dos quadrinhos, uma trilha sonora arrebatadora e dois personagens que salvam o dia: Arlequina, interpretada pela bela Margot Robbie, e Coringa, um coadjuvante que sempre gostou de roubar a cena, agora interpretado pelo ótimo Jared Leto.

A produção começa em ritmo alucinante. Amanda Waller (Viola Davis) é uma feroz agente do governo que tem a “brilhante” e secreta ideia de reunir bandidos psicóticos para lutar contra males com que seres humanos normais (ou com escrúpulos) não poderiam lidar. A ideia é endossada pelo fim de Batman vs Superman, quando o herói alado morre e deixa a população da Terra em luto. “E se o próximo Superman não for tão bonzinho quanto o último?” é o mantra repetido por Amanda para obter a aprovação de sua Força Tarefa X, nome oficial do esquadrão.

Ela narra o perfil de cada um de seus selecionados. Pistoleiro (Smith), um assassino de aluguel que nunca erra um tiro; El Diablo (Jay Hernandez), que possui a habilidade de manipular e criar fogo; Capitão Bumerangue (Jai Courtney), um assaltante falastrão; Crocodilo (Adewale ­Akinnuoye-Agbaje), que possui características de répteis; Amarra (Adam Beach), outro bandido fortão, e Arlequina (Margot), uma ex-médica seduzida pelo Coringa que se torna mais maluca que o mestre. Cada um deles recebe um localizador explosivo no pescoço, caso se rebelem no caminho.

Completam o time, mas domados por Amanda, o coronel Rick Flag (Joel Kinnaman), responsável por conduzir o grupo; Katana (Karen Fukuhara), samurai que ajuda a manter a ordem com sua espada que guarda a alma dos assassinados; e Magia (Cara Delevingne), uma arqueóloga que é tomada por um espírito de uma bruxa nada bacana.

É Magia quem provoca a crise que levará o grupo à ação. A feiticeira consegue escapar do domínio de Amanda, que possui seu coração em uma caixa, para ajudar seu irmão, outro espírito sem boas intenções, a tomar um corpo nas ruas. Eles se aliam para, adivinha, dominar o mundo.

O diretor David Ayer (de Corações de Ferro) conduz a primeira metade do filme com firmeza, bom humor e muita acidez, mas começa a perder o controle com o desenrolar da história. Os vilões trocam a aura sedutora de Hannibal por contornos de mocinhos da Marvel.

Pistoleiro, por exemplo, é um pai amoroso, que só está preso e cumprindo a tal missão para dar à filha um motivo do qual se orgulhar. A personagem de Amanda, aliás, se mostra muito mais implacável e temível que os prisioneiros. Outro problema é Magia. A moça, no auge do poder, chega a ser risível com sua voz computadorizada e movimentos corporais de uma modelo em um desconfortável salto alto.

Paralelo à trama central está Coringa, talvez o verdadeiro vilão da história. Ele maltrata sua amada ao mesmo tempo em que a deseja. Insano, a deixa à beira da morte diversas vezes, para, de repente, mudar de ideia e partir em seu encalço. Sua missão ao longo do filme é justamente descobrir em qual prisão ela está e resgatá-la, claro, de maneira brutal e com aliados disfarçados de animais, como um urso panda e um bode selvagem. É ele quem estrela os momentos mais instigantes e surreais do filme, do tipo que valem o preço do ingresso no cinema. Se o esquadrão voltará à ativa, não se sabe. Mas espera-se ansiosamente que Leto e seu Coringa retornem mais vezes.

https://youtu.be/30tU57q842Y

*Veja

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