O tenista número 1 do mundo Novak Djokovic vem enfrentando problemas na Austrália por ter decidido não tomar vacina contra a Covid-19. Nove vezes campeão do Australian Open, o sérvio teve seu visto cancelado pela segunda vez nesta sexta, colocando em risco sua participação na tradicional competição australiana. Djokovic pode ser deportado e ainda é suspeito de ter mentido na hora de preencher o formulário de entrada no país. Mas ele não é o único atleta envolvido em polêmicas pela decisão de não tomar o imunizante.
Outros competidores de outros esportes, alguns deles muito relevantes, também não tomaram vacina e estão sofrendo ou podem sofrer as consequências da decisão que tomaram.
Hoje vacinado, Kimmich usou sua plataforma para falar abertamente contra a vacina. O volante esteve entre os cinco jogadores do elenco do Bayern que optaram por não tomar. Segundo ele, queria esperar mais estudos para entender as consequências de receber o imunizante.
Em novembro, o jogador foi contaminado, afastado das atividades, e os sintomas foram fortes. Com pequenas infiltrações no pulmão, Joshua tem previsão de voltar a jogar pelo time alemão apenas nesse começo de 2022. Após se recuperar a doença, o atleta decidiu se imunizar.
- No geral, era difícil demais para mim lidar com o meu medo e as minhas preocupações. Foi por isso que eu fiquei durante tanto tempo indeciso (sobre tomar ou não a vacina) - declarou Kimmich à "ZDF".
Nas redes sociais, o 11 vezes campeão mundial de surfe se envolveu em discussões sobre a vacina contra a Covid-19. Alegando "saber mais sobre estar saudável do que 99% dos médicos", o surfista defende que as pessoas têm o direito de escolher.
O surfista espalhou outras informações falsas em uma discussão com o australiano Matt Poole, campeão do Iron Man. Assim como Djokovic, Kelly Slater pode ter problemas para competir em países que exigirem vacinação. É o caso da Austrália, que recebe a quarta etapa do circuito mundial de surfe, em abril, na Bells Beach.
Irving foi a principal voz contrária à vacina na NBA. Assim como boa parte dos outros atletas, o camisa 11 do Brooklyn Nets se mostrou reticente quanto às reações e espalhou muitas notícias falsas que vêm circulando sobre elas. Mas ele pagou um preço alto por decidir não se imunizar.
A liga não exige a vacinação dos atletas, porém alguns estados o fazem, especialmente no basquete que é jogado em uma arena fechada, e Novar York é um deles. Sendo assim, Kyrie só pode entrar em quadra nas partidas fora de casa.
Por isso, os Nets afastaram o jogador no começo da temporada, já que ele não poderia participar em metade dos jogos da equipe. Porém, em meio a um surto de Covid-19 que atingiu boa parte do elenco, os Nets chamaram Irving de volta e vêm usando ele apenas nas partidas longe de Nova York.
Assim como a NBA, a NFL também não obriga vacinação dos atletas, mas definiu protocolos muito mais rígidos para os não-vacinados, como exigência do uso de máscara, tempo de afastamento e até proibição de comer junto com os companheiros ou permanecer na academia com mais pessoas.
Sendo assim, os jogadores precisavam reportar se tomaram ou não a vacina. Tanto à NFL, quando à imprensa, Aaron Rodgers declarou estar imunizado, até que testou positivo para a Covid e descobriu-se que ele não tinha de fato tomado a vacina.
Durante a offseason, o jogador fez um tratamento holístico e pediu que a liga reconhecesse o processo como uma imunização equivalente a da vacina, pedido que foi recusado. Rodgers foi multado e ficou de fora do jogo contra o Kansas City Chiefs.
Apesar desses exemplos, é importante ressaltar que a grande maioria dos atletas optou por se proteger e muitos deles fazem campanha abertamente em prol da vacinação.
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