Gasolina vai a R$ 7,44 na Capital, mas ainda tem posto sem reajuste no preço

Nesta sexta-feira (11), posto de combustível em Campo Grande já vende o litro da gasolina por R$ 7,44, mas há alguns locais que ainda não aplicam o valor reajustado, mesmo que, por poucas horas, antes do estoque ser renovado.

Há exatos 10 anos, a média de preço do litro da gasolina era de R$ 2,70 em Mato Grosso do Sul, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) levantados pelo Campo Grande News. Para além dos valores verificados hoje pela reportagem, há lugares no interior sul-mato-grossense que cobram R$ 8,62 pelo produto.

Por um lado, o Posto Petrobras da Avenida Gunter Hans, na região do Bairro Coophavila II, já vende o litro do combustível por R$ 7,44. Até ontem, sem o reajuste anunciado pela estatal que aumentou valor cobrado nas refinarias, custava R$ 6,46.

Já o Posto Saito, na Rua Fátima do Sul, na Vila São Jorge da Lagoa, ainda vende a gasolina comum por R$ 6,39 e não reajustou. De acordo com o proprietário, Jorge Saito, 66 anos, o valor se manterá enquanto o estoque durar. “Vai pelo menos duas horas de estoque, a gente só está aguardando a nova carga chegar.”

A falta de dinheiro fez o pintor Fábio Marcelino dos Santos, de 25 anos, abastecer com apenas R$ 15, mesmo que o preço do litro não tivesse sido reajustado neste ponto. “Estou esperando cair o dinheiro. Está difícil de abastecer, perdi a chance de encher o tanque no preço antigo”, lamenta.

O empresário Valdemir Pereira dos Santos, 40 anos, passou pelo local ontem à noite, viu que a fila estava muito grande, e optou por correr o risco de pagar mais, nesta manhã, ainda que imaginasse que só haveria atualização do preço com o carregamento novo.

Morador do Bairro Coophavilla e cliente fiel deste posto, de bandeira Ipiranga, ele ficou feliz que ainda conseguiu abastecer sem reajuste. “O posto costuma trabalhar com preço intermediário a outros, já confio.”

“Essa atitude acaba passando ainda mais credibilidade para a gente abastecer sempre, mesmo com o reajuste de todos os outros.” O local aceita cartão de crédito e débito e, por volta das 9h, estava sem fila.

A professora Angela Cristina Colognesi dos Reis, 46 anos, abasteceu no Posto Acácia, na Rua 26 de Agosto, que para ela, costuma ser um dos mais baratos da região. Neste local, o preço foi de R$ 6,49 para R$ 6,79.

No entanto, ela é uma das desavisadas - ela relata que só soube do novo valor por volta da meia-noite de ontem. “Quando vi, já era tarde da noite. E aí, já não dava mais tempo. O preço da gasolina aumentou, mas o salário continua o mesmo”, comenta.

Em outros locais visitados pela reportagem, praticam-se preços variados, com ou sem reajuste. Confira alguns dos valores da gasolina vistos nesta manhã, mas lembre-se que podem mudar.