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Candidata a deputada federal, a sargento Betânia Kelly (PL), acionou a Justiça Eleitoral para pedir que material impresso junto ao da vereadora Camila Jara (PT), que também disputa uma cadeira na Câmara Federal, seja apreendido. Segundo a bolsonarista, panfleto que une sua imagem à petista está sendo distribuído e pode induzir eleitores ao erro.
O juiz eleitoral José Eduardo Chemin Cury concedeu liminar e determinou imediata suspensão da distribuição do santinho, sob pena de multa de R$ 20 mil em caso de descumprimento. O magistrado ordenou, ainda, que Camila informe a quantidade de impressos recebidos e distribuídos.
A sargento havia solicitado que a ação corresse em sigilo e que também fosse estabelecida busca e apreensão no comitê da petista, contudo o juiz avaliou ser “demasiadamente drástico que se determine a busca e apreensão do material”.
A maior preocupação da candidata, segundo relatou nos autos, é que o eleitorado seja induzido ao erro, tendo e vista que trata-se de duas pessoas que estão em lados completamente opostos política e ideologicamente.
A confusão ocorreu porque ambas contrataram a mesma empresa para produção dos respectivos materiais de campanha. A responsabilização recaiu sobre Camila e não sobre a gráfica porque, para o juiz, ela deveria ter conferido se o conteúdo estava ou não correto antes da distribuição.
“Houve a confecção equivocada do panfleto impugnado, o que somente pode ser imputado à falta de cuidado da federação e da candidata”, explicou Cury. A candidata petista, por sua vez, alega que o panfleto em questão é fruto de montagem para prejudicá-la e garante que a versão original do material contém apenas sua imagem e propostas.
“Além de imprimir o material, a equipe também enviou a versão digital no formato PDF para pessoas interessadas em conhecer as propostas, o que faz parte de uma estratégia integrada de comunicação”, contou em nota à imprensa. Camila diz que também já tomou as medidas judiciais cabíveis sobre o caso.
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