O mandato ainda nem começou, mas promete muita briga na Assembleia Legislativa, principalmente quando o assunto é bancada. Esquece o papo de fechamento de questão entre a bancada. Pelo menos por enquanto, o clima não é nada bom entre os eleitos de mesmo grupo político.
A confusão já começa na escolha da nova mesa diretora, onde a famosa “composição” passa longe da maior bancada da Assembleia Legislativa, a do PSDB. De um lado, Paulo Corrêa e Zé Teixeira; e do outro Jamilson Name e Mara Caseiro. Ninguém abre mão e a disputa tende a ir para o voto, criando muitas desavenças.
No ranking de bancadas, três partidos dividem o segundo lugar, com três integrantes em cada sigla: MDB, PL e PT.
No PL, nada mudará. João Henrique caminha de maneira independente e vota como quer, na oposição a Reinaldo Azambuja. Ele promete manter o posicionamento contra Eduardo Riedel. O deputado é o mais antigo no partido. Os colegas, Neno Razuk e Coronel Davi, vieram com Bolsonaro, são base de Azambuja e serão apoiadores de Riedel.
O Partido dos Trabalhadores, que chegou a posar junto fazendo o “L” na diplomação, vai ter que conversar muito para conseguir votar unido. Zeca do PT já anunciou que será oposição a Eduardo Riedel. Ele não gostou da intromissão do deputado federal Vander Loubet (PT) na conversa com o novo governador.
A bancada exigia uma secretaria e Vander decidiu, por conta própria, indicar nomes para Riedel em subsecretarias, contrariando o grupo. Zeca não gostou nada da ideia e chegou a chamar o novo governador de boçal. Agora, o partido faz nova reunião para decidir como caminhará: seguindo Zeca, na oposição, ou trazendo o ex-governador para a base, liderada por Vander.
No MDB o entendimento parece mais fácil por conta do tom conciliador do ex-presidente da Assembleia, Junior Mochi. Na campanha, Renato Câmara e Márcio Fernandes apoiaram Riedel. Já Mochi acompanhou André Puccinelli na campanha de Capitão Contar. Na Assembleia, o trio deve compor, segundo Mochi, a base de Riedel. A dupla de emedebista conseguiu convencer o colega a compor, o que não é novidade para o MDB, que sempre esteve na base de Azambuja, inclusive quando Mochi era deputado.
O PP também terá dois deputados na Assembleia, mas sem divisão, pelo menos até o momento. Londres Machado está apoiando Gerson Claro na já anunciada vitoriosa campanha pela presidência da Assembleia. Hoje, um raro caso de paz entre as bancadas.
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