Forte esquema de segurança movimentou o Fórum de Campo Grande por volta das 6h30, o que indica a chegada dos réus pela execução por engano de Matheus Coutinho Xavier, 19 anos, para o julgamento. De volta a Campo Grande, mais de 1,3 mil dias depois de ser levado para a Penitenciária Federal de Mossoró, Jamil Name Filho é um dos presos que já deve estar no local, além de Marcelo Rios, o ex-guarda municipal que responde pelo crime.
Van da Polícia Penal Federal surgiu em alta velocidade, escoltada por viaturas e batedores da corporação e com reforços da Guarda Civil Metropolitana e do Batalhão de Choque da PM (Polícia Militar). As equipes fecharam ruas das proximidades do acesso do Tribunal do Júri, pela Rua da Paz, e a van entrou por garagem do Fórum na Rua 25 de dezembro, a poucos metros, menos de uma quadra, da casa onde a família Name viveu por muito tempo, na região central da cidade.
Logo depois, camburão da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul chegou e entrou pelo mesmo acesso, provavelmente para levar Vladenilson Daniel Olmedo, o terceiro réu no caso, que está preso na Penitenciária Estadual da Gameleira 2, a “Federalzinha”, em Campo Grande.
Os camburões só tiveram as portas abertas depois do fechamento do portão. Por isso, não foi possível ver quem descia. Servidores do Fórum dizem não saber se réus já chegaram no local.
A previsão é que o julgamento dure 4 dias, de hoje até quinta-feira, dia 20. Serão ouvidas 13 testemunhas, além dos acusados.
Morto por engano – O estudante de Direito Matheus Coutinho Xavier foi assassinado no dia 9 de abril de 2019. O ataque aconteceu por volta das 18h, quando ele saía da casa onde vivia com o pai, no Jardim Bela Vista, bairro nobre de Campo Grande.
A investigação apurou que o universitário foi morto por engano, pois estava manobrando o carro do pai. O policial militar reformado Paulo Roberto Teixeira Xavier era considerado traidor por Jamil Name e Jamilzinho, acusados de serem os mandantes da execução, por isso, seria o alvo.
O rapaz foi atingido com sete tiros de fuzil AK-47 e o disparo fatal foi na base do crânio.
Jamil Name teve o nome excluído do processo depois de sua morte, em maio de 2020, vítima de covid-19. O processo foi desmembrado para outros dois réus, por estarem foragidos: José Moreira Freire, o “Zezinho”, e Juanil Miranda Lima.
Os dois, segundo a acusação, seriam os pistoleiros, responsáveis pela execução. “Zezinho”, que foi morto em troca de tiros com a Polícia Militar em Mossoró (RN), em dezembro de 2020, também teve nome excluído.
Juanil Miranda está desaparecido e é considerado foragido. Neste caso, a Justiça determinou a suspensão dos trâmites até que ele seja recapturado.
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