O ex-policial militar Nelson Antunes Ferreira Junior e o empresário Vitor Menerio Gresele presos nesta terça-feira (18) por torturar dois suspeitos de furtar uma roda de R$ 40 mil, em Campo Grande, conseguiram liberdade provisória em audiência de custódia nesta quinta-feira (20).
Conforme apurado pela reportagem, no nome do ex-PM e do empresário discorre ficha criminal, por crime militar e violência doméstica, respectivamente.
Já os suspeitos do furto da roda de R$ 40 mil, Fabrício Barbosa da Silva, 28, e Eduardo Alves de Souza, 19, tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. Ambos tem passagens por furto, roubo e tráfico de drogas.
Entenda - A prisão dos quatro ocorreu na terça-feira após a Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) receber informação de sequestro, sendo que os autores estavam trafegando na Avenida Ernesto Geisel, esquina com a Rua Bom Sucesso, na Vila Nhanhá.
Então, os investigadores seguiram para o local e ao chegar, encontraram o GOI (Grupo de Operações e Investigações), que também havia recebido a denúncia de sequestro e conseguiu abordar os suspeitos em um veículo Audi.
Nos bancos da frente do carro, estavam o ex-PM e o dono de uma oficina mecânica. Eles contaram que foram vítimas de furto na madrugada, conseguiram a identificação dos suspeitos e foram atrás por conta própria, sem registrar qualquer ocorrência na delegacia.
Os suspeitos do furto, Fabricio e Eduardo, ocupavam o banco de trás do Audi e confessaram o furto. Inclusive, estavam com uma sacola preta com várias ferramentas de trabalho pertencentes ao empresário. O dono da oficina afirmou que faltava um item, a roda de R$ 40 mil. A Denar fez diligências naquele momento e localizou o objeto abandonado nas imediações, dentro de um carrinho de supermercado.
Os autores do furto apresentavam várias lesões na cabeça, ainda com sangramento, hematomas no rosto e um deles com dente quebrado. Eles contaram que foram abordados pelo ex-PM e o empresário, que estavam armados. Na sequência, agredidos com várias coronhadas por uma arma de fogo.
Já o ex-PM e o empresário entraram em contradição sobre a arma, mas estavam com um coldre verdadeiro. Eles foram presos por "torturar a fim de obter informação, declaração ou confissão". O Audi foi apreendido.
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