O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) confirmou na noite desta terça-feira (19) que o Japão suspendeu a importação de carnes de aves de Mato Grosso do Sul. A decisão foi tomada depois de um foco de gripe aviária ser confirmado em criação de Bonito.
Conforme o ministério, além das carnes, a importação de ovos, aves vivas e subprodutos também estão temporariamente suspensas.
A comercialização em solo brasileiro, entre estados, de acordo com o Mapa, ocorre normalmente.
Dados do Mapa revelam que Mato Grosso do Sul exporta 18,4% da produção de carne de aves in natura. O Brasil é o país que mais exporta frango para o mundo todo e representa 35% da comercialização do mercado global.
Foco de gripe aviária
O Mapa explica que medidas sanitárias estão sendo tomadas para contenção e erradicação do foco registrado em Bonito. Ações de vigilância nas populações de aves estão sendo tomadas. O ministério reforça que não há estabelecimentos avícolas industriais nas áreas de risco epidemiológico ao redor do foco, portanto, o Brasil segue com status livre de influenza aviária.
O vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP - H5N1) foi detectado em uma propriedade em Bonito, a 297 km de Campo Grande.
Esse é o terceiro foco em aves de subsistência registrado no Brasil. Segundo o Mapa, além desses casos, o Brasil registra 102 notificações em aves silvestres, totalizando 105 registros.
No caso de Mato Grosso do Sul, cerca de 70 aves na propriedade de Bonito serão sacrificadas como medida sanitária. De acordo com o diretor-presidente da Iagro-MS (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), Daniel Ingold, será feita coleta de amostras de todos esses animais.
"Temos equipes volantes fazendo busca ativa de aves para saber se o vírus se propagou e também fazemos o mesmo, mas com menos intensidade, em área de 7 km da propriedade", afirmou Daniel Ingold.
Segundo a presidente da Avimasul (Associação dos Avicultores de Mato Grosso do Sul), Kelma Torezan Carrenho, o foco detectado em Bonito não é motivo de preocupação para os produtores e nem para a população por ser em uma região em que não existe granja comercial.
“Quem tem ave doméstica precisa ficar atento, mas não é motivo para pânico para a população. Ela pode continuar comendo a carne normalmente”, ela explica.
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