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Produtores criticam redução do Banco do Brasil no crédito rural

01/02/2019 às 16h32
Por: Tribuna Popular
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Durante o evento de lançamento oficial do plantio de Milho Segunda Safra, em Mato Grosso do Sul, na quinta-feira (31), representantes do setor agropecuário do Estado demonstraram contrariedade com a afirmação do presidente do Banco do Brasil, Rubens Novaes, de afirmar que a instituição tem intenção de reduzir o crédito agrícola subsidiado, visto que as taxas básicas de juro foram reduzidas para a safra atual.

Na avaliação do secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, a diminuição do crédito rural subsidiado precisa ser repensada e debatida.

"É preciso que o ministro da Economia reavalie a situação do setor produtivo, que mesmo diante de tantas crises mantém a produção e a entrada de divisas para o país. Não dá para comparar outros setores com a agropecuária que é sujeita a muitas influências externas como clima e mercado internacional, por exemplo", argumenta.

A análise de Verruck foi compartilhada entre os participantes do evento realizado pela Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS) e a Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul).

O anúncio do novo presidente do Banco do Brasil, Rubens Novaes aconteceu durante entrevista concedida ao jornal 'O Estado de São Paulo', no início da semana. Na ocasião, o representante pontuou que a maior parte dos empresários rurais tem condições de arcar com as taxas de juros oferecidas pelo mercado.

Para justificar a informação, Novaes explicou ainda, que a carteira de R$ 188 bilhões de crédito rural do BB, 46% foram desembolsados com subsídios do Tesouro Nacional. Em 2018, a União bancou R$ 5 bilhões de diferença entre o juro cobrado pelo BB e o custo da captação.

REPRESENTATIVIDADE RURAL

O presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito, destaca que é preciso maior sensibilidade por parte do ministério com as dificuldades enfrentadas pelos produtores rurais, visto que a maior parte da atividade agropecuária está vinculada a contratação de linhas de crédito. "Nossa atividade tem características diferenciadas de produção, pois, temos uma indústria 'a céu aberto' e que está sujeita a muitos riscos externos", observa.

Saito pontua que o setor agropecuário tem sido responsável pelos bons números econômicos do país, contribuindo para o pequeno percentual positivo obtido pela economia brasileira, nos últimos anos.

"Vemos a necessidade de um entendimento por parte do Ministério, para que sejam mantidas as linhas crédito rurais e as taxas de juros praticadas na safra anterior. Aqui no Estado, por exemplo, tivemos uma sequência de safras prejudicadas pela questão climática e no atual ciclo de soja, a redução chegará a 15% no total do volume produzido", detalha.

FCO 2019

De acordo com a superintendência do Banco do Brasil em Mato Grosso do Sul, o balanço da safra 2017/2018 totalizou R$ 6,1 bilhões, divididos nas seguintes finalidades: investimento R$ 1,619 bilhões, custeio R$ 3,747 bilhões e comercialização, R$ 650 milhões

Com o lançamento do Plano Agrícola e Pecuário (PAP), 2018/2019, em julho do ano passado, foi anunciado o valor de R$ 191,1 bilhão para o crédito rural, com a promessa de redução no cálculo das taxas de juro e criação de novos formatos de contratação, para formação de capital de giro entre os empresários rurais.

*Correio do Estado

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