Segundo Amaducci, que é o primeiro suplente do PT na Assembleia, quem ocupa cargos no Governo do Estado hoje não é o partido, mas
pessoas ligadas aos mandatos, principalmente do deputado estadual Zeca do PT e Vander Loubet (PT).
“Acredito que a maioria da militância do PT, não está de acordo com o ‘PT nos cargos’, principalmente depois da violência contra os povos indígenas. As trabalhadoras e trabalhadores do MS e a militância Petista espera do PT, responsabilidade e clareza de qual lado realmente estamos”, opinou.
Na avaliação do vice-presidente do partido,
Cabe a direção partidária iniciar “para ontem” uma política de construção de um novo ciclo de disputa no Estado.
“Precisamos voltar as ruas em uma grande organização social, com força e atuação todos os dias, junto aos pequenos produtores, os sem terra, sem teto, nas periferias, nas aldeias indígenas. Voltar a despertar nas pessoas elementos que apontem para a esperança em dias melhores, construir com o povo um projeto de desenvolvimento que seja uma alternativa melhor e mais solidária do que o que existe hoje. A narrativa de manutenção do que fizemos nos anos dourados do nosso governo é insuficiente para convencer a maioria da população”, justificou.
Amaducci avalia que a extrema direita continua na ofensiva e o PT não conseguiu estabelecer relações com os trabalhadores pobres do campo e das cidades.
“Para isso, é preciso entregar os cargos que o PT ocupa no governo do PSDB e que em 2026 tenhamos palanque para o companheiro Lula, com candidatura própria ao Governo e Senado Federal”, concluiu.
Pensamento diferente
A declaração foi dada após a reportagem anunciar que o Partido dos Trabalhadores (PT) deve adiar ao máximo a saída do governo de Eduardo Riedel, porque a sigla, que tradicionalmente tem candidatos ao governo, vive uma situação diferente, na base de sustentação e com cargos no Estado.
Indagado sobre a possibilidade de deixar o governo para pavimentar uma candidatura, algo tradicional no partido, o deputado Zeca do PT, um dos líderes da legenda, disse que ainda é cedo para esse debate.
“Muito cedo para qualquer discussão desse tipo. Vai depender das circunstâncias”, afirmou o ex-governador.
Questionado sobre a dificuldade que Riedel teria para se aliar a Lula, Zeca minimizou. “Não sei. Nunca ouvi essa afirmação da parte dele. Vamos esperar”.
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