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Brilhante e independente: amigos repudiam feminicídio de jornalista em Campo Grande

Crime mostra que agressores não têm perfil, não têm cara e estão mais perto do que a gente pode imaginar

13/02/2025 às 09h10
Por: Tribuna Popular Fonte: Midiamax
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Vanessa era conhecida pela excelência onde atuava (Redes Sociais)
Vanessa era conhecida pela excelência onde atuava (Redes Sociais)

Uma mulher forte, brilhante e inspiração para muitos. Vanessa Ricarte, a segunda vítima de feminicídio esse ano em Mato Grosso do Sul, é uma jornalista, pós-graduada, de 42 anos, chefe de comunicação de um importante órgão público. Nenhuma dessas características foi suficiente para impedir que ela entrasse para estatísticas.

Amigos e todos os que a conheciam estão desolados, cheios de insegurança e questionamentos. O jornalismo de Mato Grosso do Sul está em luto e evidenciando o quão fora do perfil de vítimas era Vanessa. Mas, mais uma vez, o crime mostra que agressores não têm perfil, não têm cara e estão mais perto do que a gente pode imaginar.

“Lembro que uma vez, a Vanessa me propôs criarmos uma associação para ajudar mulheres em situação de risco e ameaças, pois eu consegui emplacar uma história muito triste na editoria Universa do UOL SP. Inicialmente ela ficou orgulhosa, mas minutos depois demonstrou sua revolta por saber que uma mulher com menos de 30 anos era ameaçada de morte e não recebia apoio do poder público”, diz trecho de homenagem da jornalista e amiga Aline Oliveira, nas redes sociais.

Na madrugada antes de sua morte, Vanessa Ricarte procurou ajuda na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), onde registrou boletim de ocorrência e solicitou medida protetiva contra Caio do Nascimento Pereira. Eles estavam noivos e moravam juntos em uma casa no bairro São Francisco, em Campo Grande, onde ela foi assassinada.

‘Quantas Vanessas entre nós?’

Em post nas redes sociais, a jornalista Ida Garcia publicou fotos de Vanessa e Caio sorrindo. Mas, mais que isso divulgou um vídeo de uma casa tomada por sangue no chão, em uma tentativa de feminicídio sofrida por ela.

“Eu sei o que é viver com medo. Se estou viva é porque consegui fugir, ao contrário de Vanessa. Hoje os registros mostram a devastação que a violência deixou na minha vida. Essa coragem de expor o que vivi não é por mim, mas por todas as mulheres que ainda podem ser salvas”, afirma Ida em seu relato.

E Ilda ainda pede que os casos sejam expostos, como chance de chamar a atenção para a insegura a qual mulheres estão sujeitas. Alerta ainda para as fotos felizes de casais nas redes sociais, sem sabermos o que está por trás de cada relacionamento.

“Muitas vezes os lobos de disfarçam de cordeiros. Nunca imaginei que você faria da estatística desse crime tão brutal que é o feminicídio”, disse o amigo João Humberto, nas redes sociais.

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