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Em inquérito de superlotação, Saúde diz que envia pacientes à Santa Casa em ‘último caso’

Município respondeu questionamentos de promotor sobre medidas para evitar a superlotação no maior hospital de MS

06/05/2025 às 09h22
Por: Tribuna Popular Fonte: Midiamax
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Imagem de arquivo mostrando superlotação na Santa Casa (Divulgação, Santa Casa)
Imagem de arquivo mostrando superlotação na Santa Casa (Divulgação, Santa Casa)

Ofício da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) afirma que a central de regulação de  envia pacientes para a Santa Casa em ‘último caso’. O documento foi anexado nessa segunda-feira (05) em inquérito civil instaurado pelo MPMS (Ministério Público de ) para apurar a superlotação no hospital.

O município é responsável por regular os pacientes, ou seja, indicar para qual hospital cada caso de pronto-atendimento será encaminhado.

Assim, o promotor de Justiça, Marcos Roberto Dietz, pediu explicações à Sesau sobre os critérios utilizados para regular pacientes para o maior hospital de MS, que enfrenta caos no atendimento, com superlotação, e sérios problemas financeiros.

Dessa forma, a Sesau informou que ‘evita’ enviar pacientes para a Santa Casa, enviando “pacientes que podem ser
atendidos por mais de um hospital para as instituições com menor lotação no momento”.

Ainda, conforme o documento oficial, a regulação do município informa que há casos de referência exclusiva, ou seja, os quais o mais adequado para aquele determinado paciente é a Santa Casa.

Nessa situação, a Sesau diz que discute o caso com o núcleo interno de regulação da Santa Casa – que avalia se o hospital tem condições de receber aquele paciente -.

Então, junto com a equipe de especialistas da Santa Casa, toma uma decisão técnica. “Encaminhamos em vaga zero os casos que necessitavam de atendimento imediato, assegurando, dessa forma, o atendimento adequado a cada quadro clínico”.

O documento é assinado pela superintendente de relações institucionais de Saúde, Ana Paula de Souza Borges Bueno.

Santa Casa promete reforma de PA

santa casa
Santa Casa de Campo Grande (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Após reunião com o MPMS, no mês passado, gestores da Santa Casa de Campo Grande comprometeram-se em reformar o pronto-atendimento do hospital no prazo de 90 dias, com recursos próprios.

O acordo foi divulgado após reunião entre o hospital e o MPMS para buscar soluções à constante situação de superlotação do pronto-socorro adulto do hospital, especialmente quanto as irregularidades relacionadas à estrutura física do local.

Em nota oficial enviada ao Jornal Midiamax, a Santa Casa justificou a superlotação do Pronto-Socorro Adulto “por demanda externa enviada a este hospital, o que não é causado por demanda interna é uma realidade local alheia a vontade da Santa Casa”.

Sem detalhar quais foram as providências tomadas pelo MPMS no decorrer do inquérito, o hospital disse que está realizando a reforma do PS e que o “Inquérito Civil n. 06.2022.00001075-8 busca soluções que melhorem essa situação”.

Briga na Justiça

Funcionários se reúnem para  no início do ano após mais um episódio de atrasos em salários (Arquivo, Jornal Midiamax)

A Santa Casa busca na Justiça a obtenção do crédito suplementar de R$ 46 milhões desde a pandemia da covid. O hospital conseguiu decisão para obrigar o município a fazer o repasse em 48h. No entanto, a prefeitura entrou com recurso e obteve liminar (decisão provisória) suspendendo o pagamento.

Agora, a decisão aguarda julgamento no  (Tribunal de Justiça de MS).

No recurso, o município alegou que fazer o repasse milionário poderia prejudicar outros serviços essenciais do Município. “A medida INVIABILIZARÁ todos os demais serviços públicos necessários à população, inclusive da saúde”, alegou.

Então, o desembargador Sérgio Fernandes Martins considerou que a execução provisória do pagamento com valores da Fazenda Pública não é permitida antes do trânsito em julgado. Além disso, Martins alegou que o juiz em 1ª instância agiu “precipitadamente” ao impor a medida coercitiva.

Além disso, o TJMS destacou a gravidade da crise na Santa Casa, mas reforçou que a solução deve seguir a legalidade.

Portaria que aumenta repasse em R$ 800 mil nas mãos de ministro

Na semana passada, a titular da Sesau, Rosana Leite, esteve em  e conversou com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Na ocasião, tratou sobre a publicação de portaria que pode aumentar em R$ 800 mil o repasse mensal para a Santa Casa.

“O aumento do nosso teto de média e alta complexidade foi aprovado quase dois anos e ele também se comprometeu em publicar essa portaria por parte do Ministério da Saúde. Quando aumenta o recurso também aumenta para os hospitais. A Santa Casa, com a publicação, vai receber R$ 800 mil a mais por mês do Governo Federal”, disse Rosana ao Jornal Midiamax.

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