Uma investigação da PF (Polícia Federal) revelou um esquema de desvio de quase R$ 40 milhões do programa Farmácia Popular, utilizado por uma organização criminosa para lavar dinheiro e financiar o tráfico de cocaína. Na lista dos estabelecimentos está uma farmácia fantasma de fachada de Mato Grosso do Sul, localizada em Dourados.
A fraude envolvia farmácias de fachada, CPFs de inocentes e empresas laranjas. A investigação começou após a apreensão de drogas em Luziânia (GO) e identificou Fernando Batista da Silva, o “Fernando Piolho”, como líder do esquema.
A denúncia, divulgada em reportagem do Fantástico, da TV Globo neste domingo (20), indica que os recursos públicos foram utilizados para a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico internacional de drogas.
Segundo as investigações da Polícia Federal, o criminoso é ligado ao Comando Vermelho e teria feito repasses a áreas de fronteira com Peru e Bolívia. Cerca de 160 mil CPFs foram usados na fraude, envolvendo 148 farmácias.
O diretor do Departamento Nacional de Auditoria do SUS informou que combatem diariamente cerca de 140 mil tentativas de fraudes no Farmácia Popular.
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