Fundada em 2017, em Belo Horizonte, a Fábrica Criativa consolidou-se como uma empresa do setor cultural brasileiro que opera com lucro a partir de faturamento recorrente e alto impacto social. Sua atuação ocorre através da uma metodologia de geração de valor, atualmente sem incentivo externo, nenhum aporte de leis de incentivo ou contratos com grandes players do mercado. O que não impediu a CEO da instituição, a empresária Maria Laura Tergilene, de gerir a carreira de centenas de músicos brasileiros.
Desde sua gênese até hoje, e incluindo operações adjacentes, a instituição já transacionou mais de R$ 10 milhões com seu portfólio de artistas e projetos. Ao todo, são 1371 artistas registrados oficialmente e se beneficiando do ecossistema. Ainda existem 132 artistas sob gestão direta.
O modelo consiste na construção de um ecossistema de economia circular e criativa, onde setores da empresa se completam. O artista inicia um processo de formação educacional, passa pela produção artística, lançamentos musicais e venda de shows. A empresa presta todos os serviços, produzindo seus próprios eventos e criando um ecossistema que se retroalimenta com o sucesso do trabalho executado.
Após essa sequência lucrativa, Maria Laura se prepara para entrar numa nova fase com o seu empreendimento. Um pouco mais arrojada, ainda para 2025, a projeção é de um crescimento estacionado em 500% do faturamento conquistado em 2024. Resultado da ampliação de sua base de clientes, digitalização dos processos e estruturação de expansão.
Além do desempenho financeiro, o impacto social também é parte central da operação. Hoje, a empresa oferece uma plataforma de cursos completa com bolsas de formação e programas de incentivo à profissionalização artística nas periferias, workshops gratuitos mensais, e projetos de impacto, como o Seminário de Música Mineira, evento com ingressos gratuitos focado na profissionalização do setor musical.
"Acima de tudo, nosso propósito é transformar e curar vidas por meio da música. Começando pelo artista e chegando até o público final. Tirar jovens do crime, das drogas, além de focar na erradicação da pobreza nas periferias por meio da arte. No fim, eles ganhando, nós ganhamos juntos. Fazemos isso sem depender de patrocinadores, ou verba pública para garantir a continuidade do projeto", disse Maria Laura, que também é a fundadora da empresa.
Mirando esse objetivo, a empresária tem o plano de escalar o modelo para as principais capitais brasileiras nos próximos anos. "Meu modelo de negócio é baseado em educação e produção com receita recorrente, gerada por mensalidades pagas pelos próprios artistas, além de fontes tradicionais do setor a partir dos lançamentos musicais, como catálogo fonográfico, direitos autorais, plataformas de streaming e venda de shows. Temos um índice de retenção superior a 90% mesmo sem multas de encerramento. A Fábrica Criativa mostra que o artista não depende de contratos, e sim da satisfação e aprovação do trabalho", salienta a empresária.
Maria Laura conseguiu desenvolver isso antes dos 28 anos de idade. "Eu acredito que o sucesso da fábrica vem do nosso propósito pelo que está sendo construído, isso fica claro para mim quando percebo que mesmo sem nenhuma ação de marketing não paramos de crescer, nutridos pelas indicações dos próprios artistas no ecossistema. Ajudar eles a evoluírem e mudarem suas realidades é muito mais que corporativismo para mim. É minha missão. A real é que percebo que eles sentem isso", finaliza.
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